Clientes lamentam o fechamento do Restaurante Larriquerri

Localizada no Garcia, a casa encerrou as suas operações nesta semana

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  • Priscila Natividade

Publicado em 22 de outubro de 2023 às 12:45

Restaurante Larriquerri
Restaurante Larriquerri Crédito: Divulgação

Tudo começou com uma portinha em um endereço no bairro do Garcia, em Salvador, e apenas oito mesas. O Larriquerri ficou famoso na cidade e em 9 anos, conquistou inúmeros clientes fiéis se tornando referência. O anúncio do fim das suas operações, noticiado com exclusividade pelo portal Alô Alô, pegou de surpresa os fãs da chef Rosa Guerra, responsável pelo comando da casa:

“Fiquei sabendo do fechamento pelas redes sociais. Fiquei triste, com uma sensação de ter perdido um amigo querido. O Larriquerri tinha um ambiente de amizade, de aconchego, comida boa, gente bacana. Muitas boas recordações, comemorações de aniversários e outras datas, pequenos momentos de jantar ‘a dois’, as divertidas conversas com os donos”, conta o ator, diretor teatral e professor universitário, Celso Júnior.

Ele é um dos clientes que frequentam o Larriquerri desde o início. “Conheci o Larriquerri ainda no primeiro local, bem menor, onde depois funcionou o Larribar. A decoração de muito bom gosto, com objetos cheios de história e afeto. Tudo muito bonito. Meu prato favorito sempre foi o confit de pato com risoto de funghi. O pato macio e muito bem temperado, o risoto perfeito. Imbatível. Lugar de aconchego, de gente amiga. Comida boa, bebida excelente”, recorda.

A produtora de eventos, Marília Vieira, também tem boas lembranças de lá: “Já fui jantar com uma grande amiga para comemorar uma conquista dela, com um paquera por conta da decoração romântica e também com um grupo de colegas do trabalho. Sempre que ia, era uma experiência diferente”.

Os drinks e as entradas estão entre os preferidos do cardápio oferecido pelo Larriquerri. “Fiquei muito triste porque era um lugar que eu frequentava desde sua inauguração e sempre gostei muito dos drinks e das entradas também. Acho que os donos souberam criar um lugar com personalidade, e isso é difícil. Ia lá não só para comer, mas para criar novas experiências”, complementa.

Restaurante Larriquerri
Restaurante Larriquerri Crédito: Divulgação

A chef Rosa Guerra fundou o restaurante junto com a família. Faltando dois anos para se aposentar do Tribunal de Justiça, ela começou a fazer um curso de gastronomia e aí abriu o Larriquerri, muito com o sonho e a vontade de receber as pessoas como costumava fazer em sua casa ao cozinhar para amigos. Só que o sonho cresceu. Além do Larriquerri, a chef estava a frente também do Larri Bistrô, na Aliança Francesa, na Ladeira da Barra. O bistrô, inclusive, permanece ainda que passe por algumas mudanças que devem ser anunciadas pela chef em breve. Entre as novidades já é possível adiantar que o Bistrô passa a abrir para o almoço e café da manhã, aos fins de semana.

Frequentadora assídua da casa, para a arquiteta Celeste Leão, o Larriquerri era sinônimo de cozinha com afeto. “É mais um grande restaurante que Salvador perde. Cozinha afetiva, empresa familiar e os pratos muito elaborados. Nos dias de domingo com a família nos reuníamos lá para comer uma feijoada maravilhosa. O acolhimento, a decoração personalizada, a equipe de garçons tudo faz a diferença”.

Na memória vai ficar a saudade da sobremesa de pera no vinho. “Vou sentir muita falta. Outro prato que eu gostava bastante era a codorna recheada. O Larri é uma empresa familiar e de bons amigos. Um espaço e um cardápio diferenciado e bem particular”, afirma a arquiteta.

Quem também vai sentir falta do local que já encerrou suas atividades na última semana é a jornalista Daniele Silva. “Eu sempre ouvia falar do Larriquerri por conta da sofisticação, dos pratos inusitados, dos drinks com características e elementos que estão muito relacionados ao Nordeste. Eu sou uma pessoa que gosto muito de fazer passeios gastronômicos e conhecer lugares diferentes. Tudo isso me conquista. Até que uma amiga, me sugeriu ir ao Larri almoçar. A sobremesa me marcou muito. Era um folheado de morango”.

O CORREIO procurou os responsáveis pelo restaurante para comentar o assunto, sem sucesso.