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Wendel de Novais
Publicado em 24 de maio de 2024 às 10:00
As manchas de sangue no chão e marcas de disparos na barraca de uma praça na Rua Conselheiro Spínola, nos Barris, na manhã desta sexta-feira (24) dão conta do que aconteceu na morte de Andressa da Cruz Bahia Silva, 15 anos, na noite anterior. A jovem, que estava com amigos no local, foi cercada por dois homens e executada a tiros, como conta um morador do local que prefere não revelar o seu nome por medo de represálias.
"Ela estava aí na praça, perto da barraca com um pessoal e, de repente, apareceram uns caras que cercaram e atiraram várias vezes. Foi tudo muito rápido, chegaram já atirando, sem conversar. Tanto que, além dela, duas pessoas que estavam também levaram tiro", relata o morador. Os outros dois feridos, ainda segundo a fonte, foram socorridos e estão fora de risco.
A Polícia Militar da Bahia informou em nota que foi informada por populares que havia uma vítima ao solo após "dois indivíduos efetuarem diversos disparos de arma de fogo contra pessoas no local". Ao chegar na rua, agentes do 18° Batalhão encontraram Andressa já morta. A 3ª DH/BTS, da Polícia Civil, vai apurar as circunstâncias, autoria e motivação da morte da jovem.
A reportagem não conseguiu confirmar se a vítima era moradora do bairro e nem o seu endereço, mas moradores foram unânimes em dizer que Andressa sempre circulava pelos Barris. Não há, no entanto, uma suspeita concreta do porquê ela teria sido executada da maneira que foi.
"Não sei se morava, mas estava sempre andando aqui na rua. Uma menina nova, nunca vi em problema. Por isso, estranhei terem matado ela assim. Nessa praça, porém, o público não é dos melhores pela noite. Fica um povo usando droga e alguns meliantes circulam também", fala uma moradora, que também prefere manter o anonimato.
Nas marcas no chão e nos buracos na barraca em que Andressa estava próxima no momento do crime, é possível que a vítima perdeu muito sangue e que vários disparos foram dados pelos executores.