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Maysa Polcri
Publicado em 11 de janeiro de 2025 às 02:00
Com a notícia que os casos da dengue cresceram cinco vezes em um ano na Bahia, os olhares das autoridades em saúde estão atentos para outras duas arboviroses também transmitidas pelo Aedes aegypti. Os casos de chikungunya aumentaram entre 2023 e 2024, no estado, enquanto os registros de zika diminuiram no mesmo período.
Em 2024, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou 15.558 casos prováveis de chikungunya. No ano seguinte, foram 16.631 - um aumento de 6,8%. Ibirapuã lidera o número de pessoas com a doença, com incidência de 11.645 casos a cada 100 mil habitantes.
O município, localizado na região sul, tem mais do que o dobro de incidência do que Teixeira de Freitas, com índice de 4.860. Em terceiro lugar aparece Santo Antônio de Jesus, com 1.241 casos a cada 100 mil pessoas. A Bahia registrou 10 mortes pela doença no ano passado.
Os casos de zika, por outro lado, tiveram redução de 33% na Bahia. Foram identificados 1.184 casos, em 2024, contra 1.772, no ano anterior. Nenhum óbito por complicações da doença foi confirmado no estado.
São Desidério, Seabra e Macajuba possuem as maiores incidências de zika, sendo 423, 320 e 114 a cada 100 mil habitantes, de acordo com a Sesab.
O maior problema do estado, entre as arboviroses, contiua sendo a dengue. Entre 2023 e 2024, houve aumento de mais de 300% no número de doentes. A situação é mais crítica em cidades do sudoeste, centro leste e centro norte.
De acordo com o virologista Gubio Soares, que foi pioneiro na identificação do vírus da zika no Brasil, quanto mais pessoas infectadas pela dengue, mas mosquitos transmitirão a doença. Por isso, o número de casos de chikungunya e zika não apresentam mudanças tão significativas.
"Quanto mais casos de dengue, os mosquitos têm mais chance de encontrar pessoas com essa doença. Então, ela será mais disseminada que as outras arboviroses", pontua o especialista.