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Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 12:44
O Ministério Público Estadual denunciou Ederlan Santos Mariano; Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque; Gideão Duarte de Lima e Victor Gabriel Oliveira Neves pelo feminicídio da cantora gospel Sara Mariano. Segundo a promotoria, o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima. Eles também vão responder por ocultação de cadáver e associação criminosa.
A Justiça baiana recebeu a denúncia nesta terça-feira (19) e ainda acatou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil, com parecer favorável do MP, contra os quatro. Eles já estavam presos de forma temporária.
A denúncia diz que o crime aconteceu porque Zadoque, Victor e Gideão, sob ordens de Ederlan, queriam “se apoderar da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela, para lançar a carreira de Victor, com o que todos lucrariam futuramente". A suspeita inicial, de que o crime teria sido motivado por ciúmes, foi descartada durante a investigação.
Sara era casado com Ederlan, que também era responsável por administrar a carreira da cantora. No dia do crime, em 24 de outubro, Sara foi informada de que deveria fazer apresentação em um evento evangélico na Região Metropolitana de Salvador. Gideão, que atuava como seu motorista, a levou até a BA-093, onde Victor e Zadoque esperavam para matar a cantora. Ela foi morta e teve o corpo abandonado em um terreno baldio às margens da rodovia.
Depois do crime, Ederlan tentou enganar a polícia e procurou a polícia para registrar Sara como desaparecida. A ideia era dissimular sua participação no caso, segundo o MP.
A denúncia diz que Ederlan era o principal interessado e foi mentor da morte da esposa, “tendo planejado e controlado as ações dos demais denunciados”. Ele pagou R$ 2 mil para Zadoque, Victor e Gideão pelo crime, com promessa de repassar ainda cerca de R$ 15 mil, quando as economias de Sara fossem encontradas.
Uma outra promessa era de uma recompensa “que seria o sucesso e fama artística, pois os denunciados eram pregadores, produtores, cantores e músicos com intensa penetração nas redes sociais”. Ederlan afirmou que iria disponibilizar as ferramentas digitais de seu estúdio para promoções das carreiras artísticas dos envolvidos na morte de Sara.