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Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2024 às 21:49
Os quatro homens apontados como suspeitos da morte da cantora gospel Sara Freitas irão a júri popular. A decisão foi publicada na última segunda-feira (19) pela Vara Criminal de Dias D’Ávila acatando a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-BA) contra Ederlan Santos Mariano, Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, Gideão Duarte de Lima e Victor Gabriel Oliveira Neves.
Ainda não há data prevista para o julgamento. O quarteto será indiciado pelos crimes de feminicídio, cometido por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, ocultação de cadáver e associação criminosa. A defesa também pediu para que os acusados respondessem o processo em liberdade, o que foi negado pela justiça.
O processo corre em segredo de justiça. As informações foram passadas para o CORREIO por Rogério Matos, advogado criminalista que representa a família da vítima no processo. Ainda cabe recurso da decisão.
A cantora gospel e pastora Sara Freitas desapareceu no dia 24 de outubro, após sair de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, para um evento religioso que ocorreria em Dias D'Ávila. Na ocasião, o então marido dela, Ederlan Mariano, denunciou o desaparecimento.
Ele informou na ocasião que Sara tinha costume de participar de vários eventos religiosos e na noite de terça um carro foi buscá-la para levá-la até o encontro do qual ela participaria. Mais tarde, ele tentou falar com a esposa e não conseguiu. Ele chegou a dizer que não tinha mais detalhes sobre se ela chegou a partir do evento.
Ederlan chegou a ir até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar queixa na manhã de quinta-feira (26). O corpo de Sara Freitas foi encontrado carbonizado às margens da BA-093, na altura de Dias D’Ávila, na tarde da sexta-feira (27). O marido reconheceu os restos mortais da vítima.
Como o corpo estava carbonizado e irreconhecível, a suposta identificação só foi possível inicialmente graças aos objetos encontrados ao lado da vítima, apontados como de Sara. No mesmo dia, Ederlan foi preso. Ele é apontado como o mandante do crime e teria pagado cerca de R$ 2 mil para o trio que ficou encarregado de matar a cantora gospel.
Gideão é apontado como o motorista que levou Sara até a BA-093, onde Victor e Zadoque estariam esperando para matar a cantora. A perícia aponta que ela foi morta com 22 golpes de faca e teve o corpo abandonado em um terreno baldio às margens da rodovia. Zadoque foi preso no dia 14 de novembro e Gideão e Victor foram detidos no dia seguinte.