Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2024 às 20:36
A segunda audiência de instrução do caso da cantora gospel Sara Freitas foi realizada nesta terça-feira (16) em Dias D'ávila. Quatro testemunhas de acusação e as testemunhas de defesa foram ouvidas, mas o interrogatório dos réus foi adiado para o dia 7 de maio. As informações foram reveladas pelo advogado da família de Sara, Rogério Matos.
Segundo o representante, o adiamento ocorreu pelo horário de término das diligências das testemunhas. A audiência, que começou pela manhã, terminou por volta das 16h. A preocupação era com o transporte dos quatro réus, Ederlan Mariano, Weslen Pablo, Victor Gabriel e Gideão Duarte, presos no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
"Terminando a instrução no dia 7, a nossa expectativa é de que vá à júri popular", disse o advogado.
O primeiro dia de audiência do julgamento do pastor Ederlan Santos Mariano e três cúmplices pelo assassinato da pastora e cantora Sara Freitas, foi realizado no último 26 de março, no Fórum Criminal de Dias D’Ávila. A audiência, que começou por volta das 9h e foi promovida de maneira híbrida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), apresentou problemas de conexão e precisou ser interrompida às 13h10 por instabilidade do sistema, de acordo com advogados da família da vítima e de Ederlan, apontado como autor intelectual do crime.
A expectativa do TJ-BA era de que todas as testemunhas da acusação fossem ouvidas. Ao todo, eram 11 as pessoas arroladas pelos advogados que acusam o pastor de ter mandado matar a própria esposa e Weslen Pablo Correia de Jesus - conhecido como “Bispo Zadoque” -, Gideão Duarte de Lima e Victor Gabriel Oliveira Neves por terem executado o crime. No entanto, Otto Lopes, advogado de defesa de Ederlan, afirmou que nem todos foram ouvidos e a audiência adiada.
“Audiência finalizada agora [13h10], conexão do fórum péssima. Não foram ouvidas todas as testemunhas. [[..] A expectativa da defesa sempre será que a verdade dos fatos apareça, o devido processo legal seja respeitado e a justiça seja feita”, disse ele, ao destacar o que espera do julgamento de seu cliente e os demais envolvidos.
Rogério Matos, advogado da família de Sara, detalhou que apenas seis das testemunhas foram ouvidas até a interrupção da audiência por problemas técnicos.
Entre as testemunhas arroladas pela acusação, estão pessoas que poderiam confirmar a presença dos acusados no local do crime e os métodos apontados na denúncia apresentada contra os quatro pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).