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Caso Pix: Justiça baiana decreta prisão de dois suspeitos

Julgamento foi marcado para 18 de fevereiro

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 16:00

Grupo é acusado de desviar doações para Record
Grupo é acusado de desviar doações para Record Crédito: Divulgação

A Justiça da Bahia determinou, nesta quarta-feira (18), a prisão de duas pessoas suspeitas de envolvimento no caso do Pix. A audiência de instrução e julgamento dos 12 réus foi marcado para fevereiro do ano que vem.

Foi determinada a prisão de Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus e Thais Pacheco da Costa. O juiz Cidval Santos Sousa Filho, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador, considera que como eles deixaram o município, a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública.

Os dois são acusados, ao lado de outros 10 réus, por crimes de associação criminosa, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.

A defesa de um dos réus argumentou que havia uma inépcia da peça inicial, pedindo a absolvição, mas o juiz afirmou que "estas não encontram suporte nas peças e elementos de convicção já materializados nos autos", rejeitando o pedido.

"Em que pese a defesa deduza impugnação concernente à adequação típica das figuras imputadas a si, certo é que, no juízo de prelibação possível a esta altura, há robustos elementos de convicção que indiciariamente ligam os réus à prática de todos os delitos em testilha, sendo impossível neste momento tanto a rejeição da denúncia". diz trecho da decisão. "O caso, obviamente, não é também de absolvição sumária".

O julgamento está marcado para 18 de fevereiro do ano que vem, a partir das 9h, na sede da Vara.

Além de Carlos Eduardo e Thais, também são réus Alessandra Silva Oliveira de Jesus, Daniele Cristina da Silva Monteiro, Débora Cristina da Silva Monteiro, Eneida Sena Couto, Gerson Santos Santana Junior,Jakson da Silva de Jesus, Jamerson Birindiba Oliveira, Lucas Costas Santos e Marcelo Castro. Todos negam o crime. 

A denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) aponta o grupo como responsável por desviar doações feitas por Pix por telespectadores da TV Record. O grupo teria se apropriado de R$ 407.143,78 ao longo de 12 campanhas feitas pela emissora para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade.