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Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2023 às 14:10
A família de Hyara Flor, de 14 anos, contratou um perito para analisar o assassinato da adolescente após desacreditar da versão apresentada pela Polícia Civil da Bahia, em agosto deste ano. E o novo parecer comprovou a descrença da família.
No mês passado, o inquérito policial havia apontado que o disparo que matou a vítima foi feito de forma acidental pelo cunhado dela, uma criança de nove 9 anos, enquanto os dois brincavam com uma arma de fogo. No entanto, o perito forense Eduardo LIanos, profissional de São Paulo, com 30 anos de experiência na área, esteve no local do crime e constatou que a pessoa que efetuou o disparo seria mais alta que a vítima, o que descarta o cunhado de 9 anos.
"Se faz presente a imperiosa necessidade de realizar a exumação do corpo da vítima para determinar a vertebra onde ficou alojado o projetil e constatar tecnicamente a trajetória e trajeto balística", destacou o perito.
Caso Hyara dramatização em 3D
A advogada Janaína Panhossi, que representa a família da jovem, afirmou que parecer técnico já foi apresentado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que por sua vez, o juntou aos autos e requereu novas diligências no inquérito policial.
Procurada, a Polícia Civil declarou que, até o momento, não foi notificada oficialmente pelo Ministério Público.
No dia 11 de agosto, o pai de Hyara Flor, Hiago Alves, publicou um vídeo nas redes sociais contestando o inquérito que apurou a morte da adolescente de 14 anos.
"Estou aqui indignado e revoltado, mas já esperava esse inquérito policial. O senhor [o delegado] ouviu três pessoas manipuladas que tiveram tempo suficiente para manipular. Eles estavam soltos esse tempo todo, saíram correndo sem prestar socorro para a minha filha. Eu e minha família estamos muito tristes e revoltados com isso, estamos sofrendo há 40 dias e aí vem uma resposta dessa", disse, no vídeo.
O pai da vítima disse que confia na juíza e no promotor de justiça que devem cuidar do caso. "Nós confiamos muito na juíza e no promotor de justiça, eles não vão aceitar esse inquérito policial. Acima do senhor delegado tem um Ministério Público e tem Deus", afirmou.
De início, havia suspeita de que o crime teria sido cometido por vingança após um relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e o tio da vítima. Conforme a polícia, não houve provas que comprovassem a versão.