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Esther Morais
Publicado em 4 de julho de 2024 às 15:08
Quase um ano após o crime, o marido da adolescente Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, segue foragido. O adolescente de 16 anos foi apontado como principal suspeito após o perfil genético dele ter sido identificado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) na arma do crime. >
Em julho de 2023, Hyara foi morta com um tiro no queixo em Guaratinga, no extremo sul da Bahia, na casa em que morava com o marido. Inicialmente a investigação apontou que o irmão mais novo do adolescente atirou acidentalmente na jovem. A família da vítima, no entanto, contratou um perito que confrontou a versão apresentada pela Polícia Civil. A investigação paralela teve foco em agosto do ano passado, enquanto que o marido de Hyara foi indiciado há quatro meses. >
A Polícia Civil confirmou que as investigações sobre o caso da morte da adolescente foram concluídas e o inquérito policial já foi remetido ao Ministério Público. O crime foi tratado como ato infracional análogo ao feminicídio. Como resultado da apuração da Polícia Civil, há um mandado de busca e apreensão em desfavor do jovem – que ainda não foi localizado.>
Com o caso completando um ano no sábado (6), o pai de Hyara, Iago Santos, lamenta que ainda não houve justiça para a filha. "Está sendo muito difícil e doloroso ver a pessoa que matou a minha filha vivendo como se não tivesse feito nada. São três meses tentando contato com Ministério Público e não estou tendo retorno", afirma. Ele denuncia que, apesar de foragido, o ex-marido da filha é ativo nas redes sociais.>
Iago Santos
Pai de HyaraO Ministério Pública da Bahia (MP-BA) foi procurado para informar sobre o andamento do caso, mas não retornou até a última atualização da matéria. >
A reportagem também procurou o escritório de advogados que representa o adolescente suspeito e aguarda posicionamento para inclusão.>
Hyara Flor foi morta em julho de 2023 em Guaratinga, no sul da Bahia. O marido da vítima, de 14 anos na época, é o principal suspeito. Ele foi apreendido em 26 de julho, no Espírito Santo, e solto no dia 14 de agosto, após o cunhado de 9 anos da adolescente assumir a autoria do disparo. >
O tiro que matou Hyara atingiu o queixo dela. O delegado da Polícia Civil Robson Andrade, responsável pela investigação do caso, explicou que a criança de 9 anos, apontada na época como autora dos disparos, teria saído da residência na hora do crime e dito ao pai que disparou contra a adolescente. >
"Além de oitivas com testemunhas no local, analisamos imagens das câmeras de segurança do local e, logo após o disparo, o cunhado de 9 anos sai da casa com as mãos na cabeça e diz: 'Pai, eu matei Hyara! Isso é observado pelas câmeras e confirmado por testemunhas", relatou o delegado, informando que a criança chegou a pedir para ser morta.>
Em contrapartida, o laudo do perito Eduardo LIanos, profissional de São Paulo, com 30 anos de experiência na área, concluiu que o tiro não pode ter sido disparado por uma criança de 9 anos. Essa versão foi confirmada. >
Segundo a família de Hyara, o crime foi cometido por vingança após um relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e o tio da vítima.>