Casa da Mulher Brasileira registrou mais de 4 mil atendimentos em seis meses de atuação

Local reúne Prefeitura, Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça.

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  • Larissa Almeida

Publicado em 18 de junho de 2024 às 06:45

Casa da Mulher Brasileira
Casa da Mulher Brasileira Crédito: Prefeitura de Salvador

No último dia 9 de junho, Hilda Francine Almeida, 29 anos, mulher que caiu do quinto andar de um prédio de luxo na Paralela no último domingo (9), contou que se jogou para não morrer, após ser agredida diversas vezes pelo então namorado Igor Costa Campos, 39. Ela registrou o caso como lesão corporal dolosa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da Casa da Mulher Brasileira (CMB). Assim como Hilda, mais de 4 mil mulheres vítimas de violência doméstica e familiar buscaram acolhimento no espaço inaugurado em dezembro de 2023, na Avenida Tancredo Neves.

A informação sobre o número de atendimentos da CMB foi dada pelo prefeito Bruno Reis e pela secretária Fernanda Lordêlo, titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), na tarde desta segunda-feira (17), durante o evento de lançamento da Patrulha Guardiã Maria da Penha (PGMP), ronda especializada da Guarda Civil Municipal (GCM). A Casa reúne, além da Prefeitura, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça.

Os indicadores da violência contra a mulher e as ações de combate à essa realidade foram o assunto do evento. Na oportunidade, o prefeito Bruno Reis destacou que, apesar do aumento do número de atendimentos, está havendo uma redução do número de feminicídios. “Neste trabalho, junto com a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), conseguimos reduzir em 50% esse dado aqui em Salvador”, disse.

“Sem sombras de dúvidas é um legado que fica diante de toda estruturação da política de combate à violência contra a mulher. Nos últimos anos, foram diversas as ações que nós colocamos em prática, como o Núcleo de Enfrentamento e Prevenção ao Feminicídio, que inauguramos em 2021, e o Observatório Municipal da Violência Contra a Mulher, criado em 2022”, exemplificou.

Entre 2021 e 2023, os Centros de Referência e Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica ampliaram em cerca de 175% o número de atendimentos na capital baiana, com mais de 10 mil delas sendo assistidas pelo município. De janeiro a abril deste ano, mais de 5.380 mulheres já foram atendidas, conforme dados mais recentes disponíveis no Observatório da Mulher da SPMJ.

Fernanda Lordêlo ressaltou que a gestão municipal tem cumprido todas as ações de enfrentamento à violência contra as mulheres que estavam no plano de governo, de modo que a Patrulha Guardiã Maria da Penha era o que faltava para reduzir os números de violência contra a mulher.

“A Patrulha chega para reforçar as demais políticas que já temos na cidade. E com uma novidade: Salvador será a única cidade do Brasil que, através da GCM, vai fazer a proteção ostensiva das mulheres nas primeiras 48 horas de atendimento, quando ela está sob maior risco de vida. Isso não é feito em nenhum outro lugar e será ofertado aqui, pela nossa GCM”, afirmou.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro