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Capitão da Marinha confirma que briga pode ter virado barco em Madre de Deus

Saveiro é classificado como embarcação de esporte de recreio e, por isso, não pode ser usada para fins comerciais

  • D
  • Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 13:22

Barco que afundou em Madre de Deus transportava mais do que o dobro da capacidade
Barco que afundou em Madre de Deus transportava mais do que o dobro da capacidade Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O capitão dos Portos da Bahia, Wellington Lemos Gagno, confirmou em entrevista coletiva que houve uma briga no barco que naufragou na Baía de Todos os Santos, na noite de domingo (21), deixando seis mortos. O acidente aconteceu na cidade de Madre de Deus.

De acordo com o capitão, a briga começou antes mesmo do embarque e continuou dentro do barco. "Pode ter ocorrido, mas os inquéritos vão apurar, dessa briga ter levado as pessoas para um mesmo lado da embarcação. Isso tira a estabilidade do barco e pode ser um dos fatores que contribuiu para o emborcamento", disse.

Ele informou ainda que assim que a Capitania dos Portos tomou conhecimento do acidente, às 22h05, enviou a lancha mais rápida em operação para o local. Mas, devido à extensão da Baía de Todos os Santos, que é a segunda maior baía do mundo, a lancha só chegou cerca de 50 minutos depois.

Gagno também informou que não foi possível verificar se a embarcação possuía os equipamento de segurança, como coletes salva-vidas, e que Capitania dos Portos da Bahia não foi informada em nenhum momento da festa Madre Verão, que ocorreu ontem (21).

Além disso, o saveiro que naufragou é classificado como embarcação de esporte de recreio e, por isso, não pode ser usada para fins comerciais. "Será apurado se o dono do barco estava cobrando passagens para levar as pessoas", disse.

Outro ponto trazido foi que as condições de navegação estavam boas. "A bandeira estava verde, ou seja, para livre navegação", concluiu o capitão Wellington Lemos Gagno.