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Tharsila Prates
Publicado em 26 de março de 2025 às 19:34
Sete policiais militares mortos em uma emboscada no período do Cangaço, em 1931, receberam uma homenagem póstuma da prefeitura da cidade de Paulo Afonso, nesta quarta-feira (26). Uma placa com os nomes dos policiais - um sargento e seis soldados - foi inaugurada na Fazenda do Touro, onde aconteceram as mortes.>
O ataque foi cometido pelo bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, chefe de um grupo de cangaceiros que aterrorizou as populações sertanejas na primeira metade do século 20. >
O sargento Leomelino Rocha e os soldados Carlos Elias dos Santos, Francisco das Santos, José Carlos de Souza, José Gonçalves do Amarante, Pedro Celestino Soares e Saul Ferreira da Silva foram pegos em uma armadilha quando estavam em perseguição aos bandoleiros. O restante da tropa conseguiu se salvar depois que o comandante do grupo, tenente PM Arsênio Alves de Souza, atirou com uma metralhadora contra o bando, que fugiu.>
Estiveram presentes na cerimônia os tenente coronéis Raimundo Marins, historiador e chefe da Coordenação de Documentação e Memória da PMBA, Marcos Davi, comandante do 20º Batalhão, além do historiador e escritor Sandro Lee, do secretário de Cultura e Esportes de Paulo Afonso, Kôka Tavares, entre outros.>
Lampião entrou para o cangaço em 1921 no bando de Sinhô Pereira, um dos cangaceiros de maior expressão no Nordeste. Ele queria se vingar de uma família que disputava terras com seus pais. Com as brigas, os Ferreira precisaram se mudar algumas vezes e iam empobrecendo cada vez mais. Esse teria sido um dos motivos que levou Lampião a se armar. Lampião passou a liderar ataques contra propriedades e cidades à procura de riqueza e foi o 'cabeça' de seu bando de cangaceiros entre 1922 e 1938, quando foi assassinado em Angicos (SE).>