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Calendário de festas de Salvador ganha 1º procissão marítima para Nossa Senhora de Guadalupe
Embarcações saíram do Terminal Náutico e da Bahia Marina seguindo até a Ilha dos Frades, onde acontecem cortejo e shows
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Alô Alô Bahia
Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 13:25
A Virgem de Guadalupe, padroeira das Américas, ganhou, nesta quinta-feira (12), a primeira procissão marítima em sua homenagem na capital baiana. A celebração, que promete entrar no calendário de festas populares da Bahia, começou com a saída de embarcações do Terminal Náutico e da Bahia Marina, no bairro do Comércio, seguindo até a Ilha dos Frades, onde uma programação de cortejo e shows será realizada.
A primeira procissão marítima é realizada pela Fundação Baía Viva, Andrea Velame e o restaurante Preta. A celebração marca a condução e instalação de uma imagem da Nossa Senhora de Guadalupe na capela que leva o nome da Santa, na Ilha dos Frades. A obra contemporânea é assinada pelo artista Vik Muniz, que se inspirou na tradição, fé e elementos do culto a Guadalupe.
“A iniciativa não é só para a gente reforçar o turismo simplesmente. É também para fazer uma retomada das nossas tradições, principalmente das procissões marítimas que sempre foram tradicionais na Baía de Todos-os-Santos, do comportamento do povo baiano, mas que há um tempo vem perdendo força. Fazer a procissão neste momento, abrindo o Verão, no dia de Nossa Senhora do Guadalupe, com uma obra doada por Vik Muniz, traz todos os holofotes para a Bahia e como o nosso turismo tem o que oferecer”, ressalta Isabela Suarez, presidente da Fundação Baía Viva, que completa 25 anos de existência.
Em conversa com o Alô Alô Bahia, o historiador Rafael Dantas conta que, apesar de não ter registros de procissão marítima em homenagem a Nossa Senhora de Guadalupe na Baía de Todos-os-Santos, o culto à Santa na região acontece desde os Século 18.
“Os registros mais antigos que existem mencionando o culto à Guadalupe com a igreja são do século 18. Provavelmente, antes disso, nos anos de 1600, também existia. Era muito comum as casas senhoriais, as fazendas, ter igrejas ou capelas. E aqui (Ilha dos Frades) é um exemplar disso”, contou o historiador.