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Cadeiras e sombreiros dobram de preço no Porto da Barra após restrições

Banhistas criticam valores e permissionários culpam limitação de sombreiros na faixa de areia

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 18:34

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Porto da Barra Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A faixa de areia do Porto da Barra voltou a registrar a presença massiva de sombreiros e cadeiras nesta segunda-feira (3). Uma semana após a limitação dos serviços, a sensação dos banhistas é de que a redução foi pequena, mas, em compensação, tudo aumentou de preço. Em média, o aluguel dos itens passou a custar R$ 60, mas teve gente pagando R$ 120 só para se abrigar do sol.

“Um cara saiu daqui xingando o nome da ‘laela’ porque teve que pagar esse valor”, contou um banhista, que preferiu não se identificar.

O porteiro Tiago Assunção, 32 anos, escolheu passar o dia de folga na praia com a companheira e foi surpreendido pelo alto custo dos serviços. “Paguei R$ 60. Foram R$ 15 de cada cadeira e R$ 30 do sombreiro. O preço está salgado, mas a mulher me disse que está fazendo esse valor ‘no amor’, porque para outras pessoas o valor é R$ 20 pela cadeira e R$ 40 pelo sombreiro. Como eu sou velha guarda, ela tirou R$ 5 de cada cadeira”, conta.

Segundo Tiago, antes da limitação dos sombreiros no Porto da Barra, ele costumava pagar R$ 7 pela cadeira e R$ 20 pelo sombreiro. O aumento de preço é explicado por um dos auxiliares de barraca, que não se identificou. “Só querem prejudicar os barraqueiros, então temos que aumentar o preço para pagar as contas. Vou fazer por mais de R$ 1 mil, se puder”, afirma.

Quem paga mais caro são os turistas. A funcionária pública carioca Carolina Cosme, 35, que aproveitou o sol desta segunda para ir à praia com o marido, padrinho e a tia, relata que pagou R$ 40 no sombreiro e R$ 10 por cada cadeira, ou seja, R$ 80 no total. Só que, para ela, nada chamou tanto a atenção do que o valor da cerveja. “Eles dobraram o preço de tudo. Pagamos R$ 27 em uma long neck”, diz.

O carioca Everaldo Cruz, 60, disse que não tem planos de voltar ao Porto da Barra diante dos preços altos. “É uma experiência, mas eu não volto mais. Se eu voltar, ou compro cerveja antes de vir ou trago de casa. Está tudo caríssimo”, critica.

Exceções à regra

Embora raro, há quem ainda mantenha preços em conta. Esse é o caso do permissionário Eliomar, que não quis identificar o sobrenome. Antes, ele trabalhava com 100 cadeiras na faixa de areia do Porto e, agora, tem se desdobrado com 30. Por conta disso, aumentou em 50% o valor do kit praia, que saiu de R$ 15 para R$ 30.

Apesar do aumento, o valor ainda é bem mais barato do que o praticado pelos colegas. Quando perguntado sobre isso, ele respondeu que a decisão se dá por questão moral. “O que eu posso dizer é que cada um age de uma forma. Eu preferi agir na legalidade. Mantenho o preço, inclusive, aos finais de semana”, frisa.

O auxiliar de barraca Márcio Lima, por sua vez, está cobrando R$ 10 pela cadeira e R$ 25 pelo sombreiro. Ele afirma que não faz negociação porque o preço foi o mais justo que a responsável pelos itens conseguiu fazer diante da limitação de materiais. “Trabalhávamos com 80 cadeiras e tínhamos três funcionários. Agora, só ficou eu. Eu tirava R$ 160, agora estou tirando R$ 90 e trabalhando o dia todo”, fala.