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Bruno Reis rebate Rui Costa: 'A gente não precisa aprovar aluno por decreto'

Prefeito falou que existe uma diferença entre o ensino municipal e estadual

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Da Redação

  • Wendel de Novais

Publicado em 12 de março de 2024 às 10:55

Bruno Reis
Bruno Reis Crédito: Divulgaçao

O prefeito Bruno Reis respondeu às declarações do ministro Rui Costa (PT) sobre a portaria 190/2024, que estimula os professores a aprovarem em massa os estudantes da rede estadual. O ministro disse que essa prática sempre ocorreu, mas o prefeito afirma que isso é algo do passado.

"Isso era na época que os aliados deles governavam a cidade. Hoje a realidade é outra. Hoje nós éramos o último lugar na oferta de educação infantil do Brasil e no último penade estamos em primeiro lugar. Universalizamos", disse Bruno Reis, nesta terça-feira (12).

"Se tem algo que a diferença é gritante, é a comparação entre a educação do município de Salvador e a do estado, é que aqui como a gente realiza um trabalho sério, a gente não precisa aprovar aluno por decreto, por portaria", completou.

Ele também destacou o investimento na educação para que as crianças estejam nas escolas. "Não tem crianças de 4 e 5 anos fora das alternativas oferecidas pela cidade, que vão por unidades próprias, pelo programa Pé na Escola, pelas parcerias, umas creches parceiras. Hoje, ainda de 2 a 3 anos, as crianças que estão fora é por uma decisão dos pais", afirmou.

A declaração do ministro Rui Costa aconteceu em entrevista à rádio Metrópole. "Na minha época, tinha isso. Ou você ficava de recuperação ou aquela matéria ficava pendente para o ano seguinte. E você ia fazer dois (anos) em um. Fazia a do ano e fazia o assunto do ano anterior. Desde a minha época, tinha isso. Não é de hoje. Parece que é uma grande novidade. Estou falando de 30, 40 anos atrás. Já tinha isso para dar a mão a esses meninos", afirmou.

Ainda na entrevista, Rui Costa declarou que a Bahia é o estado que mais reprova estudantes no País, mas o ex-governador não explicou os motivos que levam a não aprovação dos alunos.

“(Isso é) historicamente. Se for fazer comparações com outros estados, é o estado que mais reprova. Eu não vi detalhes da portaria. Então, não quero aqui comentar. O que se busca o tempo todo é dar as mãos a esse jovem, jovens da favela da periferia, do morro, da zona rural, jovem que passa dificuldade para se alimentar”, emendou.

Portaria

A portaria defendida pelo ministro, entretanto, prega a aprovação de alunos que perderam em até cinco disciplinas. E, de acordo com a APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, a Secretaria de Educação descumpriu a própria medida e aprovou estudantes que perderam em mais de cinco disciplinas

A acusação do sindicato dos professores, que foi formalizada no Ministério Público da Bahia (MP-BA), foi realizada com base em uma pesquisa com respostas de 408 docentes, coordenadores pedagógicos e gestores dos 27 Núcleos Territoriais de Educação do estado. No levantamento, 240 trabalhadores da Educação estadual também disseram que os estudantes foram aprovados sem cumprir a exigência mínima de 75% horas de horas letivas, como determina o texto da pasta.