BRT de Salvador passa a ter mulheres no quadro de motoristas

Ex-cobradoras, as duas foram selecionadas a partir do programa Mulheres no Volante

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Publicado em 13 de agosto de 2024 às 15:54

Ilmara Sales e Carla Patrícia Maltez
Ilmara Sales e Carla Patrícia Maltez Crédito: Lucas Moura/Secom PMS

A partir dessa semana, o BRT de Salvador passa a contar com duas mulheres no quadro de motoristas do sistema. Ilmara Sales e Carla Patrícia Maltez começaram a trabalhar na segunda-feira (12), como parte do programa Mulheres no Volante, iniciativa das secretarias municipais de Mobilidade (Semob)  e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), com apoio das empresas do setor. 

Ilmara tem 53 anos e atuava como cobradora desde 2014. "Só o fato de a gente estar aqui como pioneira já impulsiona outras mulheres. É uma bela forma de empoderamento feminino", avaliou ela, sobre ser motorista no BRT.

Carla Maltez, de 41 anos, também era cobradora e passou por diversas outras funções até chegar ao BRT. "São muitos, muitos desafios. Cada passo que nós damos é um degrau a mais subindo. Cada processo é algo novo que é apresentado e temos que nos habituar com as mudanças", diz ela.

O titular da Semob, Fabrizzio Muller, avalia que esse momento é um passo importante para a igualdade de gêneros no setor. “Essa é uma profissão majoritariamente dominada pelos homens, e essa capacitação é muito importante para que estas mulheres sejam pioneiras neste espaço e inspirem outras a seguir os mesmos passos”, avalia o secretário.

A titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, explicou que a Semob tem buscado através do Mulheres no Volante alunas egressas do curso especializado de condutor de veículos coletivos de passageiros, em busca de futuras motoristas para o BRT. O curso é operacionalizado pelo Sest Senat.

“Não há de se falar em equidade de gênero se a gente não trabalhar com a empregabilidade das mulheres, que são a maioria na nossa cidade. É um ponto crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária dar a essas mulheres oportunidades equânimes de acesso ao mercado. Ao ajudá-las a conquistar autonomia, a gente fortalece a independência dessa mulher e com certeza, o seu poder de decisão e melhoria na qualidade de vida”, diz.