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Alô Alô Bahia
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 11:37
Rio de Janeiro, São Paulo ou a Amazônia. Os três representam facilmente a imagem do Brasil na cabeça dos estrangeiros, mas foi Salvador a eleita pelo tabloide britânico The Standard como uma combinação de todas. >
“Salvador é o seu destino mais diversificado, oferecendo as praias de areia branca do Rio, o apelo cultural de São Paulo e o significado histórico da Amazônia”, diz a publicação, logo no início da matéria, que oferece um guia do que fazer na cidade. O jornal destaca ainda a “fatia única da cultura afro-brasileira e o clima imbatível” da “Roma Negra nas Américas”.>
O Hotel Fasano Salvador é a indicação da publicação de onde ficar na capital baiana, apontado como o “crème de la crème” da oferta hoteleira de luxo do Brasil. “Nenhum outro hotel na cidade conseguiu igualá-lo desde então”, diz, sobre o empreendimento de fachada Art Déco, instalado em frente à tradicional Praça Castro Alves desde 2018.>
Ali perto, o Pelourinho é apontado como um dos principais lugares para se visitar, com suas “ruas de paralelepípedos e as paredes repletas de arte de rua”, entre boutiques, igrejas barrocas e arquitetura colonial colorida, que hoje celebra a rica cultura local, em contraste com “um passado difícil”, de escravidão.>
“Hoje, a cultura africana é amplamente celebrada na cidade e está impressa na sua comida, música e obras de arte. Essas contribuições estão minuciosamente documentadas em vários museus do Centro Histórico, especialmente no Museu Nacional de Cultura Afro-Brasileira, que também exibe obras inspiradas na rebelião dos escravos baianos contra seus capturadores. É preocupante e uma visita obrigatória”, diz o The Standard.>
Enquanto vaga pela região, o jornal sugere uma parada na sorveteria artesanal francesa Le Glacier Laporte. “Refresque-se com algumas colheres do delicioso Caraíba, um sorvete picante e frutado feito com acerola, limão e gengibre”, indica o jornalista Jordan Page, que teve a oportunidade de visitar a Igreja e Convento de São Francisco de Assis, sem saber que, dias depois, seria palco de uma tragédia, com o desabamento do seu teto, matando uma turista.>
“É um exemplo intrincado da arquitetura barroca portuguesa e uma das igrejas mais bonitas que já vi. Suas paredes são cobertas por entalhes ornamentados e dourados envoltos em folhas de ouro, enquanto pinturas sagradas margeiam o teto”, se deslumbra.>
Fora do Pelourinho, o The Standard exalta as praias de Itapuã – “você sente que está realmente no Brasil quando está lá” – e do Rio Vermelho – “o bairro badalado onde o escritor Jorge Amado morou e se inspirou para seus romances”. Lá, inclusive, está uma das indicações de onde comer da publicação: o restaurante Dona Mariquita, da chef Leila Carreiro. “Um dos mais populares da cidade e por boas razões”, diz Page.>
Segundo o jornalista, o cliente sente como se estivesse entrando na casa de alguém ao entrar no restaurante. “Em parte porque está situado em uma fileira de casas, em parte porque é incrivelmente aconchegante e acolhedor e em parte porque você pode saborear a comida feita com amor”, destaca.>
De volta ao Centro Histórico, a publicação indica o boteco Café e Cana “para uma experiência gastronômica mais casual, mas nem por isso menos autêntica” e, claro, um “pitstop” para o acajaré. “Você não pode visitar Salvador sem experimentar a iguaria afro-brasileira, trazida da Nigéria para a Bahia e, hoje, um alimento básico dos vendedores de comida de rua na cidade”, contextualiza.>