Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Millena Marques
Publicado em 15 de novembro de 2023 às 12:16
O bispo evangélico conhecido como Zadoque e o ministro do evangelho Gideão Duarte, 33, foram presos entre a noite de terça-feira (14) e a manhã desta quarta-feira por suspeita de envolvimento na morte da pastora Sara Mariana, que teve o corpo encontrado às margens da BA-093, na altura de Dias D'Ávila, noite último dia 27. O primeiro a ser preso foi o bispo Zadoque, que também se define nas redes sociais como músico e compositor. Ele teria informado à polícia que Gideão teria envolvimento no crime, levando à prisão do ministro do evangelho, que também é músico.
Enquanto o bispo teria sido preso em Gameleira, na Ilha de Itaparica, a prisão de Gideão ocorreu na cidade de Camaçari, onde ele vive com a mulher e dois filhos. Até o momento, não há informações sobre o nível de participação dos suspeitos. Os dois presos passaram por exame de corpo delito e foram levados para a 25ª Delegacia Territorial de Dias D'Ávila. O advogado de Gideão, Carlos Augusto Vaz, esteve na unidade policial para ouvir o cliente. O CORREIO tenta contactar a defesa do bispo.
Segundo ele, o cliente seria um motorista da confiança de Sara e já teria realizado várias viagens pra ela participar de eventos evangélicos. Vaz informou ainda que Gideão é casado e possui dois filhos. Nas redes sociais dos dois suspeitos, fieis falam da decepção por vê-los como suspeito de envolvimento no crime. "Ele nem deve saber o significado da palavra bispo. Ele não é um", lamenta um fiel. Outra pessoa lamenta: "A igreja era para cuidar e estão se escondendo dentro das igrejas para matar. Vão pagar". Na página de Gideão, os comentários se repetem. "Mais um para envergonhar o evangelho de Cristo".
O primeiro e principal suspeito pela morte de Sara Mariano é Ederlan Mariano, companheiro da pastora. Ele foi preso no mesmo dia que a vítima foi encontrada morta. Inicialmente, foi divulgado que ele confessou o crime, mas a defesa nega. Ele alega ser inocente.
A cantora gospel e pastora Sara Mariano desapareceu no dia 24 de outubro, após sair de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, para um evento religioso que ocorreria em Dias D'Ávila. Na ocasião, o marido dela, Ederlan Mariano, que denunciou o desaparecimento da cantora.
Ederlan informou na ocasião que Sara tinha costume de participar de vários eventos religiosos e na noite de terça um carro foi buscá-la para levá-la até o encontro do qual ela participaria. Mais tarde, ele tentou falar com a esposa e não conseguiu. Ele chegou a dizer que não tinha mais detalhes sobre se ela chegou a partir do evento.
Ederlan chegou a ir até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar queixa na manhã de quinta-feira (26). O corpo de Sara Mariano foi encontrado carbonizado às margens da BA 093, na altura de Dias D’Ávila, na tarde desta sexta-feira (27). O marido reconheceu os restos mortais da vítima.
Como o corpo estava carbonizado e irreconhecível, a suposta identificação só foi possível inicialmente graças aos objetos encontrados ao lado da vítima, apontados como de Sara. No mesmo dia, Ederlan foi preso. Inicialmente, foi divulgado que ele confessou o crime, mas a defesa nega. Ele alega ser inocente.