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Gilberto Barbosa
Publicado em 27 de março de 2025 às 21:14
Celebrando o centenário do professor e historiador Cid Teixeira, pesquisadores se reuniram na Biblioteca Central dos Barris, na tarde desta quinta-feira (27), para a realização de uma mesa de conversa em sua homenagem. Considerado o ‘guardião da memória da Bahia’, Cid completaria 100 anos no dia 21 de dezembro de 2024. >
O bate-papo foi organizado pela Fundação Pedro Calmon e contou com a participação do professor Luis Guilherme Pontes Tavares, do arquiteto Francisco Senna, do sócio editor da Caramurê Produções, responsável pela publicação dos livros de Cid, Fernando Oberlaender e da historiadora Antonietta d'Aguiar Nunes. A roda de conversa foi mediada pelo historiador Rafael Dantas. >
"Uma das grandes qualidades de Cid era a sua generosidade, o que se convertia na sua proposta profissional. Ele era uma pessoa generosa e conseguia enxergar a história de uma forma muito diferente da maioria dos historiadores. Ele entendia que a história não era para ele, mas para toda a população. Isso o fez um profissional a frente do seu tempo”, disse Fernando Oberlaender. >
“Cid Teixeira era um historiador do povo, com o povo, pelo povo e para o povo. Era um homem extremamente afável, além de popular, porque chegava com sua linguagem, com sua postura, as notícias que trazia e envolvia as pessoas. A Bahia tem uma tradição de historiadores fantástica e Cid era um deles. Eu era ávido de conhecimento e era assíduo das suas conferências e das suas palestras para beber dos seus ensinamentos”, completou Francisco Senna. >
Nascido em Salvador no dia 11 de novembro de 2024, Cid Teixeira era um dos principais historiadores baianos, conhecido pela sua memória prodigiosa, e uma referência para pesquisadores, jornalistas e interessados na história colonial baiana. Ele é formado em direito pela Universidade Federal da Bahia, mas nunca exerceu a profissão. >
Considerado o guardião da memória da Bahia, ele possuía uma biblioteca de cerca de 14 mil títulos e uma coleção de discos de vinil com 15 mil itens. Ele também atuou no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) e foi diretor da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Autor de livros e artigos sobre história da Bahia, ocupou cadeira 19 da Academia de Letras da Bahia. Ele morreu no dia 21 de dezembro de 2021, aos 97 anos. >