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Barraqueiros contabilizam prejuízos de até R$ 3 mil com limitação de sombreiros

Medida da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) prevê o uso de 30 cadeiras e 10 sombreiros

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 02:30

Porto da Barra nesta sexta-feira (24)
Porto da Barra na sexta-feira (24) Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Alguns barraqueiros do Porto da Barra já contabilizam prejuízos com a limitação dos kits (sombreiros e cadeiras) na faixa de areia entre o Forte São Diogo e o Forte de Santa Maria. A medida, estabelecida na última quinta-feira (23), gerou uma perda até R$ 3 mil para os permissionários. Quem aponta a estimativa é Ana Alícia da Conceição, 22 anos, que trabalha com barraca de praia desde a infância.

“Não tenho um cálculo (do faturamento) preciso só com os sombreiros porque a gente vende bebida também. Mas está bem menos. Perdi uns R$ 3 mil ou mais”, diz a trabalhadora nesta quarta-feira (29). Ana Alícia ainda conta que disponibilizada entre 60 e 80 cadeiras por dia. Agora, a medida da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) prevê o uso de 30 cadeiras e 10 sombreiros. “Dependia da movimentação do cliente”, conta.

Ainda conforme a dona de barraca, a redução dos equipamentos influenciou o encarecimento do aluguel dos kits. “Quando a gente podia alugar mais cadeiras, a unidade saía por R$ 7, agora, tem gente colocando de R$ 10 e até mesmo de R$ 15”, diz. Em um levantamento feito pela reportagem com quatro barraqueiros, a cadeira estava sendo alugada por R$ 10, enquanto o sombreiro saía por R$ 20 – nesta quarta-feira (29).

Para Ágatha Sousa, 22 anos, o faturamento adquirido nos últimos dias não chega a sequer o terço do que era arrecadado antes da nova regulamentação. “Se a gente pegar uma família com 15 pessoas, já vai a metade das cadeiras que podemos usar. Nesse momento de turismo, a gente fazia R$ 3 mil, R$ 4 mil, por dia”, relata. O barraqueiro Ademário dos Santos, 61, afirma que 50% do faturamento da barraca era do aluguel dos kits. “Estou sendo prejudicado, não só eu, mas todos os colegas”, diz.

Prejuízo de 90%

Na sexta-feira (24), um dia após o estabelecimento das novas medidas, os barraqueiros informaram que o prejuízo das vendas deve ser de 90%. "Não há dúvidas de que vai diminuir em 90%. A população vai fazer queixa porque vai chegar aqui pedindo cadeira e sombreiro e nós nãos vamos ter para oferecer. A areia está quente demais, ninguém pode sentar nessa areia. Por mais que coloque a canga, não vai aguentar, a quentura é muito grande", disse Afonso Alban, 61 anos, presidente da Associação dos Barreiros do Porto da Barra e barraqueiro do local há 33 anos.

Segundo Afonso, o impacto acontece justamente por causa da redução dos kits. Antes da medida, os barraqueiros trabalhavam com o número de cadeiras e sombreiros exigidos pela demanda. Em um dia cheio de verão, por exemplo, a barraca de Afonso disponibilizava entre 100 e 120 cadeiras. "Nós estamos cumprindo a ordem para tentar sobreviver", afirmou