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Bruno Wendel
Publicado em 2 de fevereiro de 2025 às 11:20
A movimentação no mar do Rio Vermelho, em Salvador, é intensa durante a festa de Iemanjá. Enquanto milhares de fiéis se concentram em terra firme para homenagear a Rainha do Mar, embarcações fazem a travessia daqueles que desejam entregar suas oferendas diretamente às águas. >
“Venha conversar com a Rainha do Mar”, convida Patrícia Sapucaia, 40 anos, enquanto enche um dos barcos com devotos. Responsável por levar os fiéis com segurança até um ponto específico no mar, ela não tem descanso. “Cheguei aqui às 22h de ontem e até agora não parei”, conta.>
Sobre a quantidade de viagens feitas ao longo do dia, Patrícia não sabe precisar. “Eu nem contei. Entrego a Iemanjá”, diz.>
Afinal, quem tem fé, vai de barco. Assim fizeram as amigas, a pedagoga Jarde Silva, 50 anos , a comerciante Rita de Cassia Brito, 55. "É uma sensação única. É a primeira vez que vamos entregar o presente dela direito no mar", diz Jarde, já dentro de um dos barcos. >
Moradora de um condomínio na Avenida Paralela e vizinha de Jader, Rita de Cassia, disse que a palavra que mais traduzir este momento de devoção é gratidão. "Eu pedi a Iemanjá para o meu comércio não fechar na pandemia. Hoje sou uma pessoa próspera, graças a ela", declara.>