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Baleados na Liberdade foram vítimas do CV por vingança a ataque do BDM

A disputa é entre a “Baixa da Égua” e a Feira do Japão

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 24 de dezembro de 2024 às 11:42

Mulher é
Três pessoas são baleadas na Feira do Japão Crédito: Marina Silva/CORREIO

O ataque que deixou três pessoas baleadas na tarde desta segunda-feira (23) na Feira do Japão, bairro da Liberdade, foi uma vingança do Comando Vermelho (CV) à morte de um de seus comparsas pelo Bonde do Maluco (BDM), ocorrida momentos antes. A ação da facção carioca foi liderada pelo traficante conhecido como “Queixo”.

“Quando vi ele (Queixo), tratei de sair, porque a gente sabe a fama dele, uma pessoa perversa, que mata sorrindo”, diz uma testemunha. Segundo ela, a localidade conhecida como “Baixa da Égua”, que fica atrás do Colégio Estadual Duque de Caxias, é o território do CV, que está em guerra com os traficantes do BDM que atuam na região da Feira do Japão, situada em frente à escola. A “Faixa de Gaza” entre as duas facções é a Avenida Lima e Silva, a principal do bairro.

Por volta do meio-dia desta segunda, dois jovens foram executados com diversos tiros na Rua Laurindo Rabelo. As vítimas foram Guilherme Cezar Freitas Espínola, de 17 anos, e um rapaz chamado Douglas Jamerson. Segundo moradores, Douglas, que tinha se mudado para a localidade dois dias antes de sua morte, foi morto porque estava na companhia de Guilherme, apontado como o alvo do BDM.

Ainda de acordo com moradores, o CV já planejava um contra-ataque, quando algo inflamou a ira do grupo. “A gente estava comemorando o aniversário de uma colega e o pessoal do lado de lá passou e achou que a gente estava festejando a morte do pessoal dele. Aí, vieram a pé mesmo e atiraram”, relata a fonte.

Em nota, a Polícia Civil informou que "as circunstâncias, autoria e motivação do duplo homicídio serão apuradas pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS)". Já em relação aos baleados na Feira do Japão, a PC disse que o fato é investigado pela 2ª Delegacia Territorial da Liberdade e que também "oitivas e diligências são realizadas para esclarecer as circunstâncias, autoria e motivação do crime". Ninguém foi preso.