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Baiana é morta após motorista de app entrar por engano em comunidade do Rio

Diely da Silva, 34, era natural de Candiba, no Sudoeste da Bahia

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Millena Marques

  • Estadão

Publicado em 29 de dezembro de 2024 às 22:41

Diely da Silva, 34 anos
Diely da Silva, 34 anos Crédito: Reprodução/Instagram

Natural de Candiba, no Sudoeste da Bahia, uma mulher identificada como Diely da Silva, 34 anos, foi morta após ser baleada enquanto estava em uma corrida de aplicativo em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso aconteceu no último sábado (28).

Ao CORREIO, uma prima de segundo grau de Diely informou que o crime aconteceu quando o motorista entrou por engano na comunidade do Fontela. Ele foi identificado como Anderson Pinheiro, 34, e também foi baleado, segundo o g1. Após atendimento no hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, o motorista prestou depoimento na delegacia neste domingo (29).

A prima também confirmou que ela era baiana, mas morava havia mais de cinco anos em Jundiaí, no interior de São Paulo, com um irmão. Ela trabalhava como gerente contábil e estava no Rio de Janeiro para passar o Réveillon. "Infelizmente o uber errou o caminho entrando em uma comunidade que não podia", disse.

Em seu perfil do Instagram, a última postagem de Diely é uma foto no Rio de Janeiro, com a legenda: "Oi, Rio". A publicação tem pouco mais de 24h.

Crime

O crime aconteceu quando Diely estava no banco de passageiro do carro de aplicativo, na estrada Benvindo de Moraes, em Vargem Pequena, próximo do Recreio dos Bandeirantes. O motorista Anderson Sales Pinheiro, de 34 anos, se confundiu com o trajeto e acabou entrando na Comunidade do Fontela, uma área de ocupações e favelas.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro informou que a Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. Até este domingo, 29, nenhum suspeito tinha sido preso.

O automóvel foi alvejado por vários disparos. Anderson foi levado com ferimentos à bala para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e recebeu alta neste domingo. Diely também foi socorrida, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

Segundo familiares, a baiana estava hospedada em um condomínio de Vargem Pequena e tinha combinado de sair com as amigas, por isso chamou um carro por aplicativo. O motorista seguia o trajeto orientado pelo GPS, que o levou para o interior da comunidade. Conforme o Corpo de Bombeiros, acionado para resgatar a vítima, eles teriam recebido ordem de parada dada por traficantes locais e, como estava escuro, o motorista não teria percebido o sinal. O corpo da jovem passou por autopsia no Instituto Médico Legal (IML) e foi liberado para a família.

De acordo com familiares, o velório de Diely será realizado em sua cidade natal, na Bahia, onde ela será sepultada. Os detalhes do sepultamento não tinham sido definidos até a tarde deste domingo. Em redes sociais, amigos lamentaram a morte da gerente contábil e repudiaram a violência no Rio.

Conforme a Polícia Civil do Rio de Janeiro, após receber atendimento médico, o motorista de aplicativo prestou depoimento e deu informações que podem ajudar a esclarecer o crime. "Os agentes estão em diligências para identificar a autoria e esclarecer os fatos", diz em nota.