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Baiana fala sobre participação no Shark Tank: "Esperam que a gente queira performar como a branquitude"

Monique Evelle, que participa do Festival Liberatum, faz investimentos de R$1 milhão no programa

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 4 de novembro de 2023 às 17:57

null Crédito: Maysa Polcri/CORREIO

Natural de Salvador, a empresária Monique Evelle falou sobre sua participação no maior programa de investimentos do Brasil durante o Festival Liberatum, que acontece na capital baiana. Ela, que é a investidora mais jovem da América Latina a participar do Shark Tank, ressalta que só investe em negócios que acredita e vai de encontro a expectativa de performance esperada por pessoas brancas.

"O que esperam de uma investidora negra? Que eu queira perfomar igual à branquitude. Esse ecossistema acredita que só existe uma única forma de fazer negócio no país, logo, a expectativa é que eu faça você sangrar. Afinal eu não sou golfinho, sou tubarão", disse Monique, fazendo referência ao apelido de "shark", tubarão em tradução para o português, que os investidores recebem no programa.

"Eu tenho que te humilhar até você ceder toda a sua empresa", afirmou sobre a expectativa criada sobre sua participação na televisão.

Monique, por outro lado, optou por percorrer outra trajetória e faz investimentos em negocios inovadores e que apoiem a diversidade. Segundo ela, 86% dos investidores-anjos no Brasil, que investem até R$1 milhão, são homens brancos.

"Tentam usar a questão da minha idade, da negritude e da minha regionalidade para dizer que eu não sei o que eu estou fazendo, mas os dados não mentem. Diversidade e inclusão dão retorno financeiro", ressaltou durante a participação no painel Liderando no Clima de Hoje.

Além dela, os empresários Nina Silva e Alan Soares, do Movimento Black Money, e Maurício Mota, do Ashe Audio Ventures, falaram sobre a necessidade de fazer investimentos em negócios comandados por pessoas negras.

"Se você coloca dinheiro em negócios de pessoas pretas, o dono desse negócio vai contratar mais pessoas pretas. É o que falamos sobre black money: manter o dinheiro dentro da sua comunidade pelo maior tempo possível", explicou Alan Soares.