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Bahia tem a segunda maior taxa de desocupação do Brasil

Com taxa de 9,7%, estado baiano está atrás apenas de Pernambuco, que tem 10,5%

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 22 de novembro de 2024 às 11:51

Vista da cidade a partir do Farol da Barra
Vista de Salvador a partir do Farol da Barra Crédito: Shutterstock

A Bahia possui a segunda maior taxa de desocupação do Brasil, com 9,7% (12,3 milhões), atrás apenas de Pernambuco (10,5%). O índice baiano está acima da média nacional, que é de 6,4%, e é quatro vezes maior do que o verificado em Rondônia, estado com a menor taxa de desocupação do país (2,1%).

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao terceiro trimestre de 2024.

O desemprego está relacionado com dois eixos. O primeiro deles é a oferta de trabalho. "Ter uma economia, setores produtivos que tenham uma dinâmica e que oferecem oportunidades de trabalho, seja formal ou informal", explicou a supervisora de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros. 

O segundo eixo é o da demanda, ou seja, das pessoas que buscam trabalho. Nesse caso, a educação é um dos pilares a serem observados. "Ter nível superior é algo que aumenta demais a empregabilidade de pessoas. Há uma taxa de desemprego muito menor entre pessoas que têm nível superior, há também uma renda maior. Ter mais instrução não significa, necessariamente, ter uma melhor colocação no mercado de trabalho, mas não ter ensino de nível superior significa que vai ser mais difícil", explicou Mariana. 

De acordo com os dados do IBGE, a taxa de desempregados com ensino superior completo é a menor no estado, de 5,1%. Os maiores índices estão entre pessoas com ensino médio incompleto (17,2%), ensino superior incompleto (11,4%) e ensino médio completo (10,5%). Entre os 27 estados do Brasil e o Distrito Federal, a Bahia possui o menor índice de pessoas com ensino superior completo, com 11,9%. O Distrito Federal, líder no ranking, tem 39,7%.

Houve, no entanto, uma queda em comparação ao segundo trimestre, quando a taxa foi de 11,1%. O índice de 9,7% é o menor para um terceiro trimestre em todos os 12 anos da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Em comparação com todos os trimestres, a taxa de 9,7% é a segunda menor, perde apenas para o quarto trimestre de 2013.

"Os quartos trimestres tendem a ter a taxas menores de desemprego. Na verdade, o mercado de trabalho tende a melhor ao longo do ano por causa das vagas temporários de fim de ano e da indústria, que já começa a produzir para o fim de ano", explicou Mariana.

As maiores taxas de desocupação foram verificadas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%), e as menores em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Além das sete unidades da federação com quedas nessa taxa, as outras 20 não mostraram variações estatisticamente significativas no indicador.

A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).