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Bahia tem a 2ª pior taxa de escolarização do Brasil, revela pesquisa

Apenas 13,3% dos jovens entre 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 31 de maio de 2024 às 05:00

A Bahia só fica à frente somente do Maranhão, onde a proporção é de 12,1%.
A Bahia fica à frente somente do Maranhão, onde a proporção é de 12,1%. Crédito: Shutterstock

As desigualdades na educação brasileira, já conhecidas da população, foram evidenciadas na pesquisa Mapa do Ensino Superior no Brasil 2024, divulgada neste mês de maio. A Bahia tem a 2ª pior taxa de jovens entre 18 a 24 anos do Brasil matriculados no ensino superior, com 13,3%. O índice é denominado de taxa de escolarização. A Bahia fica à frente somente do Maranhão, onde a proporção é de 12,1%.

O levantamento foi feito pelo Instituto Semesp, que representa as mantenedoras de ensino superior do Brasil, a partir de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de 2022.

Para o cálculo, foram usados os dados do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o Censo da Educação do Inep. A mudança de cálculo, que antes era feita com dados da Pnad Contínua, não permite o comparativo com anos anteriores.

O Mapa do Ensino Superior pontua que, apesar do avanço de estudantes matriculados na modalidade à distância, a taxa de escolarização ainda é um desafio a ser superado. O Distrito Federal é a localidade com a maior taxa (36,2%), seguido de Paraná (26,5%) e anta Catarina (24,4%).

“Os cursos EAD, mesmo com um aumento de 488%, de 2012 a 2022, no número de alunos na faixa etária de até 24 anos (o maior aumento no período foi verificado entre os maiores de 60 anos, 577%), ainda não é um fator de inclusão de jovens no ensino superior, pouco contribuindo para o aumento da taxa de escolarização líquida do país”, diz a pesquisa.

Eniel do Espírito Santo, professor e pesquisador de EAD e tecnologias digitais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (URFB), ressalta ainda as especificidades do contexto baiano de educação.

“O estado possui muitas desigualdades sociais e mesmo as políticas de inclusão das universidades públicas não são suficientes para atender a demanda. Muitas pessoas dessa faixa etária estão em situações vulneráveis que precisam trabalhar e não conseguem ingressar no ensino superior”, diz.