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Carol Neves
Publicado em 1 de dezembro de 2024 às 11:43
A Bahia registrou 22.164 casos de HIV/ Aids na Bahia de 2019 a 2024, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Até 25 de novembro de ano, foram notificadas 3.309 ocorrências no ano. A maior parte das infecções registradas no período de seis anos foi na faixa etária entre 20 e 34 anos e no público masculino. >
O Dia Mundial de Combate à Aids é celebrado neste domingo (1º) , durante o “Dezembro Vermelho”, buscando chamar atenção para importância da prevenção, diagnóstico precoce e também do tratamento. >
O infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, explica a diferença entre HIV e Aids. “O portador do vírus HIV é o indivíduo que, após uma infecção aguda, pode evoluir assintomático por um tempo prolongado; ou seja, sem manifestações clínicas. Por outro lado, a Aids, que é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, aparece depois do período de latência do HIV e, neste momento, a pessoa pode apresentar infecções ou doenças oportunistas diversas”, diz.>
Os sintomas da síndrome incluem perda de peso, diarreia crônica, febre persistente, tosse seca prolongada, inchaço dos gânglios linfáticos, candidíase oral ou esofágica e manchas avermelhadas e feridas na pele. Quem tiver esse quadro deve procurar uma unidade de saúde para investigar. O tratamento adequado, iniciado rapidamente, faz diferença. "Desta forma, ele poderá fazer com que a carga viral fique abaixo do valor mínimo; ou seja, indetectável, que é quando a pessoa não transmite mais o vírus por via sexual”, informa.>
Prevenção >
O não compartilhamento de seringas e agulhas são formas eficazes de prevenção do HIV, assim como o uso de preservativos nas relações sexuais (oral, anal e vaginal). “A Profilaxia Pré-Exposição, ou a PrEP, é uma outra forma de prevenir o contágio pelo HIV. Disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a medicação garante mais de 90% de segurança e consiste na utilização diária de uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + entricitabina). Mas o uso dele deve ser orientado por um médico”, acrescenta o infectologista.>
Ele menciona também a existência de um outro medicamento anti-HIV para urgências, o PEP, ou Profilaxia Pós-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV, ISTs e Hepatites Virais, disponibilizado pelo SUS. Ele deve ser utilizado nas duas primeiras horas após a exposição de risco e o tratamento deve durar 28 dias.>