Bahia passa de mil casos confirmados de febre oropouche

Estado registrou as primeiras mortes da doença em todo o mundo

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Publicado em 18 de setembro de 2024 às 20:28

O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus
O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus Crédito: Conselho Federal de Farmácia/Divulgação

A Bahia registrou até esta quarta-feira (18) 1.039 casos de febre oropouche. Os municípios na liderança do número de casos são: Ilhéus (139), Camamu (118), Amargosa (85), Gandu (82), Jaguaripe (79). Somados as cinco cidades têm 503 casos, cerca de 48,4% de todos os casos do estado. A capital baiana contabilizou 16 casos confirmados. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Veja os números de cada município:

Número de casos por municípios de região Crédito: Sesab

Mortes por oropouche

Até o momento, o Ministério da Saúde (MS) confirmou duas mortes registradas por febre do oropouche no interior do Bahia. Como não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença, essas foram as primeiras ocorrências em todo o mundo. 

Em três meses, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou duas mortes decorrentes de febre do oropouche nas cidades de Valença e Itabuna, no sul baiano. Nos dois casos, as duas mulheres tinham 21 e 24 anos, não possuíam comorbidades e tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

O vírus oropouche

O vírus do Oropouche foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).A transmissão da doença é feita principalmente por mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

Prevenção

  1. Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
  2. Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele;
  3. Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;
  4. Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde locais para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.