Bahia lidera em crescimento de roubos e furtos de celular no país

Variação de ocorrências entre 2021 e 2022 correspondeu a 70,5%, segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública

De 2021 para 2022, a quantidade de roubos e furtos de celular na Bahia cresceu 70,5% — a maior variação no Brasil, segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (20). Acompanharam o estado, na sequência, Rio de Janeiro (58,6%) e Paraná (34,8%). Já o Mato Grosso, na contramão, registrou uma queda de 41%. Em todo o país, houve um aumento de 16,6%.

Em números absolutos, houve, na Bahia, 48.895 ocorrências num ano e 83.433 no outro, respectivamente. Nessa mesma ordem, as taxas por 100 mil habitantes foram 346,1 e 590,2. Mesmo assim, o estado ficou bem atrás de São Paulo, que liderou o ranking de registros desses dois tipos de crime durante o ano passado, com 346.158 — 34,6% dos 999.223 totais no país. Em terceiro lugar, aparece o Pará, com 58.662 roubos e furtos de celular.

Quanto ao cálculo por 100 mil habitantes, a liderança ficou com o Amazonas (1.015,1), seguido de pertinho pelo Distrito Federal (1.008,3) e, depois, por São Paulo (780,1). Para o levantamento, foram colhidas informações de 26 unidades federativas — ficou de fora apenas o Amapá, onde o sistema de registros da Polícia Civil não possui roubo ou furto de celular como natureza específica.

Morador de Salvador, o jornalista Vinícius Nascimento, de 26 anos, teve o celular furtado no ano passado, durante a saída de um jogo de futebol. "O Bahia tinha dado 1 a 0. Só alegria. Aí, eu fui encontrar um amigo meu e, em meio à agonia no caminho, fui furtado. O cara meteu a mão na pochete, e eu não senti", contou o jovem. "Por sorte, estava no seguro", complementou, aliviado.