Expo Ganja: Bahia é um dos estados pioneiros a realizar evento focado na maconha

Reunindo diferentes profissionais, exposição acontece desta sexta-feira (13) até o domingo (15), no Vale do Capão

Com o objetivo de explorar as diversas temáticas dentro do universo da canabis, a segunda edição do Expo Ganja Bahia reúne empreendedores, ativistas e diferentes profissionais da medicina e direito para debater os usos da maconha. O evento, iniciado nesta sexta-feira (13) acontece até o próximo domingo (15), na Amara Hospedaria, no Vale do Capão, região da Chapada Diamantina. Este é o primeiro evento do gênero realizado por um dos estados brasileiros, conforme informações da organização.

A iniciativa nasceu de um desdobramento da Expo Cannabis Brasil, realizada anualmente em São Paulo. "Ela nasce a partir daquele 'boom' de quando eu cheguei em São Paulo e me deparei com um universo de possibilidades para uso e produção da cannabis, desde o campo industrial, seja de tecido, de papel, de utensílios derivados da cannabis, até na produção do solo mesmo", relembra um dos integrantes da organização, Helder Souza.

A partir daí, o empreendedor e dono da Manga Rosa Culinária Canábica decidiu trazer para a Bahia o formato do evento, sendo o primeiro estado brasileiro a realizar a sua própria Expo. A edição de inauguração, inclusive levava o nome em referência à Expo Cannabis, em 2023.

As atividades desta edição prometem reunir diferentes nichos em diálogo. Estarão presentes no debate médicos, dentistas, fisioterapeutas, veterinários, advogados e ativistas da causa para apresentar novas possibilidades e avanços tecnológicos relacionados ao uso da maconha em diferentes espaços e modalidades, com o objetivo principal de quebrar o tabu.

"A Expo Cannabis Brasil, que teve mais de 40 mil pessoas esse ano, é o maior evento de Cannabis da América Latina em nosso país. Um país que ainda é criminaliza [o uso], encarcera e mata por conta do proibicionismo. A gente tem que fazer esse debate com a sociedade, porque ele já está acontecendo, para além da nossa vontade", afirma o ativista, que destaca a importância da comunidade baiana estar inserida nas discussões, para além do Sudeste do país. Ainda de acordo com Souza, esta edição conta com um corpo de palestrantes composto em 99% por mulheres.

Apesar da proibição da legislação brasileira para o uso recreativo da maconha, o organizador explica que o evento tem um caráter legal, respaldado pelo corpo jurídico. "É um evento privado para profissionais, para ativistas, para pessoas que são interessadas em discutir, em absorver conhecimento voltado para essa área", diz. "É uma parte importantíssima, onde o público dialoga e tira dúvidas [também]".

A entrada em cada dia do evento custa R$ 50, com direito a uma ecobag e camiseta oficiais do evento. Para a comunidade nativa, o acesso é condicionado à doação de dois kg de alimentos não perecíveis.

Veja a programação:

*Sob supervisão da subeditora Carol Neves