Bahia é o quarto estado com mais casos de mpox

Salvador é o quarto município com mais casos nacionais; cidade tem mais da metade dos casos estaduais

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Publicado em 13 de setembro de 2024 às 16:43

Mpox
Mpox Crédito: Shutterstock

A Bahia é o quarto estado brasileiro com mais casos de mpox. Os dados foram publicados no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde nesta terça-feira (10). Em 2024, o estado acumula 40 casos confirmados da doença. 

Os 40 baianos contaminados com o vírus representam 3,9%. A capital do estado, Salvador, registrou a marca de 28 pacientes com a doença e ficou também na quarta posição em municípios com maior número de casos, 2,8% do total nacional. Em todo o país, foram registrados 1.015 ocorrências.

Ocupando o quarto lugar em número de casos da mpox, o estado baiano fica atrás apenas de São Paulo, com 533 notificações; Rio de Janeiro, com 224; e Minas Gerais, com 56 pacientes diagnosticados com o vírus. A região com maior notificação de casos foi a Sudeste, com 80,9%, equivalente a 821 dos casos nacionais. 

A doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

De acordo com a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF), a mpox requer tratamento de suporte, para controlar os sintomas da forma mais eficaz possível e evitar mais complicações. A maioria dos pacientes tratados se recupera em um mês, mas a doença pode ser fatal quando não tratada. 

Transmitida por contato próximo entre indivíduos ou com animais infectados, a mpox é considerada endêmica na África Central e na África Ocidental, com duas cepas diferentes, desde a década de 1970. Entre os anos de 2020 e 2023, a doença se espalhou rapidamente pelo mundo, com milhares de casos ligados à variante da África Ocidental relatados em mais de 110 países.

De acordo com a MSF, a mpox é classificada como endêmica em pelo menos 11 de um total de 26 províncias da República Democrática do Congo (RDC). Em razão de um aumento acentuado de casos ao longo de mais de 2 anos, autoridades sanitárias do país declararam epidemia da doença em dezembro de 2022. Em 2023, o número de infecções triplicou, chegando a 14,6 mil notificações e 654 mortes.

*Com informações da Agência Brasil.