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Babyboomers, millenials, X, Z e Beta: entenda as diferenças entre cada geração

Especialistas explicam divisão da sociedade em geração

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 05:45

Imagem Edicase Brasil
Geração Z Crédito: View Apart | Shutterstock

O dia 1º de janeiro deste ano marcou o início da Geração Beta, após 15 anos da Alpha – que compreendem os nascidos entre 2010 e o dia 31 de dezembro de 2024. Tal transição de ciclo demográfico, que é utilizado pela Sociologia e pela Psicologia, tem como intuito delimitar gerações para entender as pessoas em um determinado recorte de época, de acordo com as tecnologias, relações de trabalho e dilemas sociais do período.

A socióloga Viviane Pires explica que, na Sociologia e Antropologia, há o entendimento geral de que cada indivíduo incorpora e reproduz padrões culturais do tempo em que vive. Por isso, a divisão de gerações auxilia a captura desses padrões. “Tratando-se de diferentes gerações, percebe-se que as vivências coletivas acabam sendo impactadas por suas diferenças geracionais. Assim, dividimos e recortamos os aspectos sociais para investigar melhor a sociedade e duas dinâmicas sociais”, destaca.

Segundo a psicóloga Roberta Takei, as gerações estão sendo reduzidas ao longo do tempo pela velocidade de surgimento de inovações e novas tecnologias digitais. “Antes, tínhamos gerações que duravam mais tempo, em uma faixa de 20 a 30 anos. Quando olhamos agora a diferença da geração Alpha para a geração Beta, a diferença está numa faixa de 10 a 15 anos. Isso já nos diz que o mundo está mudando muito mais rápido do que antes. Uma criança que tem 10 anos já vai viver em um mundo completamente diferente de uma criança que está nascendo agora”, aponta.

Para quem ainda não está familiarizado com os termos ou têm curiosidade de entender a qual nomenclatura pertence, o CORREIO fez um resumo das diferenças de cada uma das cinco últimas gerações. Confira abaixo:

  • Babyboomers

Os babyboormes compreendem os nascidos entre 1945 e 1964, após as duas grandes guerras e que têm a estabilidade como lema. São pessoas tradicionais, que foram criadas em um contexto educacional voltado para a ideia de ‘ser alguém na vida’ e que tinha um roteiro definido: crescer, trabalhar e casar. É uma geração que tem valores arraigados, conservadores e lidam com o determinismo. Os nascidos nesse período foram condicionados a serem monogâmicos e defensores da ideia de família tradicional, além de irem em busca da prosperidade e estabilidade. Também são pessoas que ganharam o mundo à procura da melhoria econômica, embora não tenha desistido de defender esses valores.

  • Geração X

São os nascidos entre 1965 e 1980. É a geração impactada pela televisão e que tem um contato maior com outros mundos através dessa tecnologia. Os nascidos nesse período são aqueles que começam a buscar a profissionalização e popularizam as universidades, já que muitos cursos superiores foram abertos nesse intervalo de tempo. É uma geração que faz parte ou testemunha de perto movimentos importantes, como a luta feminina por emancipação, divórcio e aborto. Tem caráter transgressor, mas recua pela instabilidade global e econômica que assolou o Brasil e o mundo.

  • Millenials (geração Y)

É o pessoal que nasceu de 1981 a 1996. É uma geração que busca o empreendedorismo, a hiperprodutividade e que é mais aberta socialmente para atrair novas ideias. Hoje, na faixa dos 30 e 40 anos, é uma geração que sofreu mais com adoecimento psíquico e se preocupou muito com a educação. São eles os que deixam os filhos até mais tarde em casa, porque se preocupam em formá-los para o mundo. É a geração que viu, na adolescência, o advento da internet e demais tecnologias. É a geração de transição do velho para o novo, que quer educar bem, mas se vê perdido quanto a melhor metodologia para este fim. Tem valores progressistas e liberais, mas ainda se atém a alguns valores conservadores.

  • Geração Z

São os nascidos entre1997 e 2012. É a geração que já nasce com acesso à internet, ainda que limitado na infância pela antiga internet discada. Considerados os primeiros nativos digitais, os nascidos nesse período são aqueles que interagem socialmente também pelo MSN, Orkut e chats do Uol. Também são eles que veem, ao longo da adolescência e início da juventude, a velocidade do avanço da informatização e das novas tecnologias.

Quem pertence à geração Z tem acesso a uma enorme quantidade de opiniões, notícias e histórias de todos os lugares do mundo. Ainda, entende que o trabalho deve caber na vida, e não o contrário, por isso defende redução de jornada e prioriza à saúde mental mais do que a manutenção do emprego.

A nível mundial, é a geração que também viu e ainda vê de perto a radicalização política das ideias, sendo, assim, menos tolerante. É a mais afetada pela pandemia de coronavírus. Por conta do isolamento necessário nesse período, teve retrocesso na socialização, fragilização emocional e crises de ansiedade.

  • Geração Alpha

É a geração que atualmente está entrando na adolescência. São os nascidos entre 2012 e 2024, que já estão totalmente ambientados com a tecnologia e entende o celular como extensão do corpo. Tem velocidade no processamento de informação, mas tem dificuldade de se aprofundar em temas, assim como não tem paciência para atividades com longo período de concentração.

Os nascidos nesse período são usuários do TikTok, menos propícios a conversas em redes sociais de interação constante – como o WhatsApp – e que têm dificuldade de ficar parado, nem que seja somente rolando a tela. Também têm dificuldade de dormir e se cobram muito no que diz respeito à desempenho.

Muitas vezes, essa cobrança reflete a lógica do algoritmo, que é projetado para ‘entregar mais’, deixar o usuário mais conectado e mais engajado. A geração Alpha persegue o sucesso nas redes sociais, ou seja, o número de curtidas, de compartilhamentos e a possibilidade de lançar uma ‘trend’ e viralizar.

  • Geração Beta

É a geração que nascerá entre 2025 e 2039. Crescerá em um mundo ainda mais imerso em tecnologia, com avanços como inteligência artificial integrada ao cotidiano, realidade aprimorada e sistemas totalmente automatizados. Desde cedo, serão expostos a ambientes altamente conectados e personalizados.

Os membros dessa geração provavelmente terão interações mais naturais com robôs e dispositivos inteligentes, de modo que os verão como parte essencial do dia a dia. Terão acesso a um volume ainda maior de informações e, por isso, poderão desenvolver ainda mais rapidez no processamento de dados, mas também enfrentarão desafios relacionados ao excesso de estímulos e à saúde mental.

No mercado de trabalho, a Geração Beta estará inserida em um cenário dominado pela automação, onde habilidades humanas, como criatividade, inteligência emocional e pensamento crítico, serão mais valorizadas. Profissões tradicionais serão transformadas, e o foco estará em trabalhos ligados à tecnologia, inovação e resolução de problemas complexos. Essa geração também terá uma relação ainda mais fluida com o conceito de trabalho, com modelos mais flexíveis e ambientes altamente digitais.