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Aumento de temperatura na Bahia não está relacionado com onda de calor; entenda

Segundo a meteorologista Cláudia Valéria, temperaturas não podem ser consideradas anomalias

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 08:55

Farol da Barra
Farol da Barra Crédito: Crédito: Mauro Akin Nassor

As altas temperaturas que atingem a maior parte da Bahia e estão fazendo os dias ficarem insuportáveis sem um ar-condicionado não são causadas por uma onda de calor. O fenômeno alcança estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste desde o início do mês, mas as cidades baianas estão fazendo tanto calor por outro motivo.

Segundo a meteorologista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Cláudia Valéria, essas temperaturas são típicas desta época do ano, já que é normal que o verão baiano registre valores mais altos.

Nestas semanas, em particular, a atuação de sistemas de alta pressão tem reduzido a quantidade de nuvens, permitindo maior incidência de radiação solar sobre o solo, o que ocasiona que as temperaturas subam ainda mais. A média apresentada no estado varia entre 24°C e 34°C. 

As áreas que costumam registrar os índices mais elevados incluem o Vale do São Francisco, o Nordeste baiano e toda a faixa leste, incluindo Salvador. A previsão indica a continuidade desse padrão de calor, não apenas nos próximos dias, com predomínio do sol em grande parte do estado, mas também ao longo de fevereiro, março e até a primeira quinzena de abril.

Esse é o período que antecede o início do outono e o retorno das chuvas no setor leste da Bahia, o que tende a amenizar as temperaturas. Por enquanto, no entanto, a tendência é de calor persistente em praticamente todo o estado. 

Eventualmente, sistemas meteorológicos podem provocar chuvas, trazendo dias mais nublados e, consequentemente, uma leve redução nas temperaturas. Mas essa queda é temporária, pois, logo em seguida, os termômetros voltam a subir. Esse padrão de calor se mantém, pelo menos, até a primeira quinzena de abril.

“O que vivemos hoje é resultado de anos de desmatamento, uso intensivo de combustíveis fósseis e outras ações que contribuem para as mudanças climáticas. Todos nós temos um papel nesse processo. Precisamos rever nossos hábitos, sair da teoria e aplicar na prática medidas que já são conhecidas e respaldadas pela ciência”, afirmou Cláudia.

No curto prazo, não há como reverter o que já está acontecendo ou alterar as temperaturas do próximo mês. Essas mudanças ocorrem ao longo dos anos, exigindo ações consistentes para que o cenário não piore ainda mais.