Aposentado é morto a golpes de facão em Camaçari

Jovem que ele abrigava em casa é suspeito

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 28 de julho de 2024 às 15:02

Alfredo Lima Santana
Alfredo Lima Santana Crédito: Reprodução

A secretária escolar Luiza Reis Santana da Silva, 44 anos, estranhou o fato de seu pai não ter comparecido ao encontro que os dois tinham marcado no sábado (27). A situação ficou ainda mais intrigante quando o aposentado Alfredo Lima Santana, 77, não atendia as ligações e nem respondia as mensagens de texto. Após pular o muro e entrar na casa do pai, a filha encontrou o corpo dele, ao lado de uma poça de sangue, no bairro de Parque Verde II, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS).

"Ele estava caído no chão do quarto, usava um par de tênis, como se estivesse saindo quando foi atacado no pescoço, costela, costas e braços. O celular dele e o facão, usado no crime, sumiram", conta emocionada Luiza, na manhã deste domingo (28), no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR).

A filha acredita que o criminoso é um jovem que o idoso abrigou em casa. "Meu pai era uma pessoa muito prestativa, ajudava todo mundo. Não sabia dizer não. Esse rapaz fazia 'bicos' pra ele de serviço gerais. Na sexta, ele me disse que esse rapaz dormiu na casa dele, depois que voltaram da igreja. Pode ter matado pra levar o celular", diz ela, que acredita em latrocínio (roubo seguido de morte).

Já um irmão de Luiza disse que uma vez, ao chegar à casa do pai, entrou um rapaz magro, de aproximadamente 30 anos. "Mas não sei se é a mesma pessoa que fez essa monstruosidade. Quando olhei pra ele, de cara, já senti que não era uma pessoa boa. Tinha um aspecto de noiado, que faria qualquer coisa por droga. Meu pai acolhia as pessoas em sua casa, porque era um homem de bem. Foi feirante por mais de 30 anos", declara.

Em nota, a Polícia Civil informou que a 18ª Delegacia Territorial de Camaçari foi acionada e que a unidade policial expediu as guias para remoção e perícia e o procedimento foi encaminhado para a 4ª Delegacia de Homicídio de Camaçari. Os laudos do DPT vão auxiliar na investigação da especializada e apontar a causa da morte. Oitivas e diligências com o objetivo de esclarecer o caso.