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Após sete anos de inatividade, ferry-boat Juracy Magalhães é afundado no Rio Vermelho

Embarcação afundada deverá fortalecer turismo náutico local e beneficiar vida marinha

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 21 de março de 2025 às 17:47

Afundamento do ferry-boat Juracy Magalhães Crédito: Marina Silva/CORREIO

O ferry-boat Juracy Magalhães, que estava fora de atividade há sete anos, foi afundado na tarde desta sexta-feira (21), por volta das 15h, no mar do Rio Vermelho. A ação aconteceu em parceria com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e a Marinha do Brasil, e tem o objetivo de fortalecer o turismo náutico local, além de beneficiar a vida marinha.

Em vídeo feito pelo CORREIO, é possível ouvir quando soa a buzina de autorização para o afundamento. Com a sinalização das autoridades que acompanhavam o naufrágio controlado, o ferry-boat, que já estava inclinado e parcialmente submerso, desaparece no mar em cerca de 25 segundos.

O afundamento foi assistido por curiosos e banhistas. Houve quem contratasse o serviço de jet-ski apenas para ver de perto o momento. Quando a embarcação desapareceu, a três quilômetros da costa do Rio Vermelho e em uma profundidade de 30 metros, foi possível ouvir gritos de comemoração.

Uma vez afundado, a expectativa é que a estrutura metálica do Juracy Magalhães sirva de aporte de recife artificial. Dessa forma, toda a vegetação que será recomposta na embarcação vai agregar à superfície do material, segundo afirma João Santana, gestor ambiental da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA).

A previsão é que a embarcação só sofra um processo de decomposição após centenas de anos. Até lá, haverá benefícios à biodiversidade. "Vai ser criado um abrigo novo, um refúgio da biodiversidade que você vai atrair. Novas formas de vida e, futuramente, peixes naquela área ali (onde a embarcação foi afundada)", explica Marcelo Peres, biólogo do Inema.

Para o naufrágio controlado acontecer, a embarcação foi totalmente despoluída, vistoriada pelos órgãos ambientais e pela Marinha. O processo licitatório da operação começou em abril de 2023. "Depois do estudo prévio, a gente fez diversas inspeções à embarcação, que a gente precisa ter certeza de que não tem nenhum resíduo. Um óleo, madeira, vidro. Foram quatro inspeções que a gente fez, acompanhados pela Marinha, pela engenheira naval", diz Marcelo. Espécies invasoras também foram retiradas da embarcação durante o processo.

A Baía de Todos-os-Santos possui, ao todo, cerca de 10 embarcações afundadas por causa de acidentes, das guerras de independência ou pelo naufrágio controlado. O ferry-boat Juracy Magalhães foi a terceira embarcação naufragada de forma controlada em Salvador. As outras duas, o ferry Agenor Gordilho e o rebocador Veja, foram afundados na Baía de Todos-os-Santos em 2020.