Após pedir oitavo empréstimo, Jerônimo não descarta pleitear mais recursos para Alba

Governador pediu à Alba, na semana passada, para contratar R$ 253 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

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Publicado em 24 de junho de 2024 às 20:43

Governador da Bahia,  Jerônimo Rodrigues
Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues Crédito: Ascom/GovBA

Depois de pedir autorização à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para pegar o oitavo empréstimo em 18 meses de governo, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) declarou que pode solicitar mais recursos.

“Eu não tenho condições de governar a Bahia com o dinheiro apenas da receita nossa, e enviarei quantos forem preciso, dialogando com a Assembleia. A Assembleia vai avaliar. O que nós estamos mandando (para Alba) agora é para estradas. É para água. É para a convivência com o semiárido, combate à desertificação. E tenho dialogado. Então, isso não é problema. Tenho orgulho de dizer que nós estamos recebendo sempre o reconhecimento do Tesouro, que nos dá a capacidade de pagamento. Nós temos controle fiscal e, recentemente, mais um conceito AA pela forma de transparência. A gente não pede dinheiro e esconde", afirmou o governador.

Na semana passada, Jerônimo pediu à Alba para contratar R$ 253 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com a proposta, os recursos serão destinados ao Projeto Sertão Vivo - Semeando Resiliência Climática nas Comunidades Rurais do Nordeste (PCRP). O governador da Bahia ainda solicitou a urgência do projeto para que a matéria seja analisada diretamente no plenário da Casa, sem precisar passar antes por discussões em comissões temáticas do Legislativo.

Caso seja aprovado pelo Legislativo baiano, o petista vai acumular cerca de R$ 6 bilhões em operações de créditos. O último empréstimo aprovado pela Alba aconteceu há menos de um mês, no dia 28 de maio. A gestão Jerônimo foi autorizada a captar US$ 400 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), o que equivale a mais de R$ 2 bilhões. Para a oposição, não há transparência nos pedidos do governador.

"Não dá para a Assembleia assinar um cheque em branco para o governador. Eu não sou contra o governo ter investimentos, ampliar os seus recursos, mas tem que dizer 'a gente vai botar o dinheiro onde?' Vai fazer o quê? Vai pagar como? Essa é a grande discussão nossa, que é uma coisa que não vem acontecendo com transparência por parte do governo do estado. E quando a gente olha um ano e meio do governador Jerônimo, qual é o resultado do trabalho dele nas áreas mais essenciais para os baianos? Acho que é essa questão", afirmou o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto.