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Larissa Almeida
Publicado em 28 de março de 2025 às 17:09
O bispo Bruno Leonardo, líder religioso da Igreja Batista Avivamento Mundial, ganhou mais de 100 mil seguidores no Instagram desde que foi citado em um relatório da Polícia Federal (PF) por conta de transações entre a igreja que dirige e uma empresa investigada por relação com o suposto integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), Wiilian Barile Agati. Até ontem, ele tinha 9,7 milhões de seguidores na rede social. Na tarde desta sexta-feira (28), passou a ter 9,8 milhões. >
No último vídeo publicado no perfil do Instagram, na noite da última quinta-feira (27), o bispo alcançou mais de 2,5 milhões de visualizações. A publicação já tem mais de 30 mil comentários, sendo a maioria em tom de apoio. >
“Basta crescer! Se você não está sendo perseguido, se você não está sendo combatido, é porque você está parado, está estagnado. Basta crescer para surgirem as forças do mal, as forças contrárias. Fé em Deus e confiança no trabalho! Enquanto os cachorros ladram a carruagem passa”, escreveu um seguidor. >
“Bispo, eu acredito no seu trabalho, Jesus Cristo foi perseguido, conosco não será diferente, você já é vencedor! O inimigo fica furioso, continue no seu caminho levando a palavra de Deus a todos nós! Deus está com você, tudo já está resolvido”, disse outra seguidora. >
Entre os milhares de comentários, também houve mensagens em tom de desconfiança. “Onde há fumaça há fogo”, escreveu um internauta. “Hum... se estiver aprontando, Deus vai mostrar”, disse outra. >
No vídeo dessa quinta, o bispo Bruno Leonardo confirmou que a igreja comprou automóveis da companhia citada no ano de 2021 e que possui as notas fiscais. Por isso, alegou estar sofrendo perseguição. >
"Não é essa mídia que nós queremos. Eu sei que existem pessoas da mídia que são profissionais, mas existem outras que estão levantando fake news, como é o caso dessa reportagem tendenciosa, que está me perseguindo", disse. "Você quer ganhar inimigos? Pregue a palavra de Deus, porque é isso que eu estou vendo acontecer", acrescentou. >
A matéria do Metrópoles, que revelou a citação, foi ao ar na tarde de quinta-feira. Após a repercussão, o religioso desativou a entrada de novos comentários em suas publicações do Instagram durante uma parte da tarde – logo depois, os reativou. O perfil oficial da Igreja Batista Avivamento Mundial também teve os comentários desativados por um tempo, mas já estão liberados novamente. >
O CORREIO procurou o Ministério Público do Paraná (MP-PR), que afirmou que a Igreja Batista Avivamento Mundial não foi citada na denúncia, mas ainda não respondeu se há menção ao bispo na investigação. A Polícia Federal também foi procurada, mas não houve retorno. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do bispo. O espaço segue aberto. >