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Da Redação
Publicado em 15 de março de 2024 às 08:00
“Chuta que é macumba”, “não sou racista, até tenho amigos negros”, “a coisa está preta”. São muitos os comentários racistas que ainda se fazem presentes no dia-a-dia. Entre as justificativas mais comuns, estão sempre o desconhecimento ou a subestimação da discriminação racial. >
Em Pequeno Manual Antirracista, a filósofa Djamila Ribeiro traz dez estratégias práticas para combater o racismo estrutural. A autora parte da ideia de que todos somos racistas, a diferença é como cada um reconhece e lida – ou não – com esses preconceitos. A obra é inspirada no livro How To Be An Antiracist, do historiador norte-americano Ibram X Kendi. >
Entre as ações sugeridas pelo manual, está nunca entrar numa discussão sobre racismo dizendo: ‘mas eu não sou racista’. O racismo é intrínseco à estrutura da sociedade, o que cabe a cada um é observar como esse padrão está presente nas ações individuais e passar a adotar práticas antirracistas. Por isso, outra dica é: “perceba o racismo internalizado em você”.>
Enxergar a negritude também está na lista de ações de Djamila. Para isso, outros capítulos servem como dica: informar-se sobre o racismo e ler autores negros, por exemplo, são itens importantes para entender essa luta e conhecer os pensamentos e experiências de escritores não-brancos. >
Além desses, o reconhecimento dos privilégios da branquitude é outro dos pontos trazidos por Djamila. Este é essencial para o processo de integração do antirracismo ao dia-a-dia, e é uma tarefa constante. >
O manual da filósofa foi transformado em peça de teatro, e ganha os palcos em Salvador nesta sexta-feira (15). No espetáculo, uma professora de ensino médio está dando aula quando um tiroteio começa do lado de fora da sala, por um protesto, à princípio, desconhecido. >
A autora está na capital baiana para a estreia e apresentou uma aula magna sobre direitos humanos na Universidade Estadual da Bahia (Uneb) na noite de quinta (14). >
Além de acrescentar ações ao cotidiano, é necessário revisar costumes. Por isso, o CORREIO* listou dez itens de cunho racista que ainda são comuns de ouvir e ver, mas devem ser evitados. Confira:
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