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Wendel de Novais
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2023 às 10:11
O delegado Nilton Borba, da 7ª Delegacia (Rio Vermelho), disse que o americano Zachary Modi Mikaya, 30 anos, morto ao cair da janela de um hotel no Stiep nesta terça-feira (12), se hospedou no estabelecimento na noite de ontem, usando uma carteira de motorista dos EUA falsa. Zachary pulou da janela do segundo andar ao perceber a chega da polícia, caindo cerca de 12 metros. Ele morreu no local. O americano era suspeito por atacar a facadas a namorada e um taxista, nesse final de semana, na Barra e na Graça, respectivamente e a polícia iria cumprir um mandado de prisão contra ele.
"A gente já tinha conhecimento da violência dele, do destempero, da maneira que ele agia, da primeira vez que foi preso, quando tentou tomar a arma de um policial militar. Com essas informações, a gente veio com cuidado cumprir essa prisão. E a preocupação de deter ele no quarto, para evitar contato com outros hóspedes. Mas infelizmente quando a gente conseguiu entrar no quarto, ele já havia se atirado da janela", disse o delegado.
Além de usar o documento falso, Zachary também estava com o visual diferente. "Ele se hospedou aqui por volta de 19h. Usou uma carteira de motorista americana falsificada, com outro nome, que não era o dele. Nós conhecíamos ele. Identificamos pela foto que estava posta na carteira de habilitação falsificada. Apesar de estar com outro nome a gente identificou, apesar dele também ter tentado mudar a aparência. Cortou o cabelo, mudou aparência e se hospedou usando essa carteira", explica o delegado, que diz que foi feito um "trabalho de inteligência" para descobrir que Zachary estava no local e que não pode dar mais detalhes sobre como chegaram a essa informação.
Apesar da suspeita de que Zachary estivesse sob efeito de drogas no momento da queda, a polícia não encontrou nenhum entorpecente no quarto de hotel. Havia uma faca de cozinha no local. "Tinha uma faca que a gente não sabe se pegou no hotel ou já trouxe, faca de refeição, que estava na cabeceira da cama dele. Sabemos que não pediu alimentação no quarto, nada, não tinha motivo dessa faca estar lá, mas tinha uma faca na mesa de cabeceira dele", explica Nilton Borba.
O delegado diz que a polícia já tinha identificação e outros detalhes sobre Zachary desde março, quando ele foi preso acusado de agredir uma garota de programa no Rio Vermelho, além de desacatar policiais. Na época, ele morava com uma namorada baiana, que não é a mesma que foi agredida nesse final de semana. "Nós tentamos localizar a namorada dele, a que estava quando foi preso pela 7ª, tivemos informação que está no interior. Essa menina que ele esfaqueou não é a mesma, outra namorada", afirma.
Já no hotel, Zachary aparentemente não teve contato com nenhum outro hóspede.
Agora, perícias serão feitas no corpo e no quarto de hotel para que o inquérito seja concluído. O Consulado dos EUA foi acionado para dar suporte em questões de contato com a família e liberação do corpo.