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Millena Marques
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 17:00
Em média, os kits de praia (duas cadeiras e sombreiro) do Porto da Barra, em Salvador, estão sendo alugados por R$ 60. Há relatos de banhistas que a locação chegou a custar R$ 120. Na praia do Buracão e de Amaralina, no entanto, as pessoas podem encontrar os kits de graça. Não há cobranças de valor específico, mas há uma taxa de consumo mínimo, que varia de R$ 20 a R$ 40. >
Na barraca de Anderson Costa, 41 anos, situada na praia de Amaralina, os consumidores podem alugar os kits por R$ 35. Nesta praia, cada kit é formado por um sombreiro, quatro cadeiras e uma mesa. Quem não for consumir os produtos vendidos na barraca, pode alugar por R$ 20. “Não é um valor abusivo. Na verdade, está bem baixo. Como nossa faixa de areia é maior do que na Barra, nossos kits são compostos por 20 mesas, 20 sombreiros, e quatro cadeiras em cada mesa”, conta. Em média, a praia de Amaralina conta com seis barracas. >
Já na praia do Buracão, os barraqueiros trabalham com até 10 kits (10 sombreiros, com 20 cadeiras e 10 mesas pequenas). Cada kit sai por R$ 40. Há a possibilidade de alugar somente o sombreiro por R$ 20 e cada cadeira por R$ 10. “Eu não encho a faixa de areia de material. Primeiro, porque é cansativo. Segundo, que é contra (o que a prefeitura pede). Tem que respeitar o espaço do banhista”, diz um permissionário, que preferiu não se identificar. >
Na barraca dele, há um dia na semana em que o valor do kit não é cobrado, geralmente às quartas-feiras. No entanto, o permissionário estabelece uma taxa de consumo mínimo, de R$ 40. “O que a pessoa iria gastar de aluguel, a pessoa usa para consumo”, conclui. No Buracão, atuam cerca de 12 permissionários. >
Já na praia da Paciência, no Rio Vermelho, os kits são vendidos por R$ 30. Raimundo Alexandrino, 78 anos, trabalha no local há 43 anos. Segundo ele, não há limitação de kits por lá. “Porque aqui é uma praia sua sossegada, as pessoas que trabalham mesmo aqui se organizam”, conta. Ele diz que trabalha com entre 10 e 20 kits. “Quando a gente se cadastrou na prefeitura, o limite era esse (20 kits)”, conclui. >
Na barraca de Jorge da Silva, 57, os preços variam entre R$ 25 e R$ 40. O mais barato é referente ao aluguel aos clientes que consomem na barraca. Quem leva isopor ou cooler, paga mais caro. “A gente não tem condições nenhuma de manter no preço equivalente ao valor de quem consome. Então, a gente cobra o dinheiro para pagar pelo menos o carreto”, diz o barraqueiro. Diariamente, ele gasta R$ 70 com o carreto dos materiais e desembolsa R$ 300 para guardar os materiais em um depósito próximo à praia. >