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Alertas de desmatamento crescem 61% na Bahia em um ano; veja cidades mais afetadas

Segundo estado que registrou mais alertas no país no ano passado

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 5 de junho de 2024 às 06:30

Plantação de soja em Formosa do Rio Preto, no oeste baiano
Plantação de soja em Formosa do Rio Preto, no oeste baiano Crédito: Victor Moriyama/Greenpeace

Em um ano, o número de alertas de desmatamentos na Bahia cresceu 61,5%, de acordo com dados do Relatório Anual do Desmatamento, divulgado pelo MapBiomas. Em todo o ano passado, foram registrados 9.668 alertas, contra 5.985 no ano anterior. O estado aparece em segundo lugar no ranking, atrás apenas do Pará.

A pesquisa utiliza imagens de satélite de alta resolução para identificar a perda de vegetação nativa em todas as regiões do país. Em seguida, a área mapeada fica destacada com um alerta em vermelho no site do MapBiomas. Derrubada de árvores isoladas não são consideradas desmatamento. O MapBiomas realiza o levantamento desde 2019, ano em que a Bahia registrou 1.220 alertas. Não há diferenciação, no estudo, de desflorestamento legal ou ilegal.

O oeste baiano é a região que mais sofre os impactos do desmatamento, com destaque para as cidades de São Desidério, Jaborandi, Cocos e Barreiras. As quatro aparecem no ranking dos municípios com as maiores áreas desmatadas do Brasil. O avanço da fronteira agrícola, especialmente da soja, é responsável pelo aumento dos alertas. Foram 290.606 hectares desmatados no ano passado no estado, o que equivale a 737 campos de futebol por dia.

Mas nem sempre a supressão da vegetação dá lugar a áreas produtivas, como explica Yuri Salmona, diretor executivo do Instituto Cerrados. “Parte do desmatamento é feito para especular. Não necessariamente a pessoa vai produzir, mas a área desmatada já valoriza a terra para a venda”, diz. Para o especialista, é preciso que os critérios que autorizam o desmatamento sejam revistos.

“As secretarias de meio ambiente do estado estão dando autorizações de supressão de vegetação com critérios muito frágeis e de uma maneira pouco criteriosa”, completa. Na esfera estadual, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) é responsável pelas autorizações.

Em nota, o Inema e a Secretaria do Meio Ambiente informaram que "mantém os esforços no combate ao desmatamento na fiscalização do bioma com o objetivo de dirimir o combate irregular de forma setorizada". Os órgãos ressaltaram que, no ano passado, o governo do estado instaurou o Pacto pelo Cerrado, programa que prevê a criação de condições para um modelo de desenvolvimento sustentável na região.

"Seguindo a metodologia do PPCerrado [Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Bioma Cerrado], constatou-se que a média de desmatamento no Cerrado da Bahia, entre 2001 e 2008, era de 1.488 km². Considerando a meta de redução de 40% do desmatamento até 2020, deveríamos perseguir um valor máximo de desmatamento anual de 893 km². Essa meta foi alcançada a partir de 2016 na Bahia, chegando ao mínimo de 598,17 km² em 2018", pontuou o órgão. A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) foi procurada, mas não se manifestou até a publicação desta matéria.

Cidades baianas com as maiores médias de desmatamento por dia (hectares/dia) em 2023, segundo o MapBiomas

São Desidério: 110 
Jaborandi: 87
Cocos: 58 
Barreiras: 57
Correntina: 48 
Formosa do Rio Preto: 43
Santa Rita de Cássia: 41
Riachão das Neves: 24
Cotegipe: 23
Barra: 16