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Além dos kits: veja todas as regras que devem ser cumpridas por barraqueiros do Porto da Barra

Novas medidas foram implementadas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop)

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 17:23

Porto da Barra nesta sexta-feira (24)
Porto da Barra  Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Após denúncias de moradores e turistas sobre o excesso de cadeiras e sombreiros no Porto da Barra, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) definiu novas regras para o uso da faixa de entre o Forte São Diogo e o Forte de Santa Maria. As medidas repercutiram nos últimos dias. Gerando controvérsias entre os permissionários e os banhistas.

De acordo com a Semop, a legislação e as novas regras “visam assegurar uma convivência harmoniosa entre comerciantes, frequentadores e a comunidade local, promovendo o uso ordenado da orla”, diz trecho da nota. As novas regras foram estabelecidas em reunião no último dia 23. Confira todas as normas:

- Cada permissionário da faixa de areia do Porto da Barra poderá utilizar até 10 sombreiros, 10 mesas e 3 cadeiras de praia por mesa;

- A montagem do material deverá ocorrer após as 9h, garantindo que a área permaneça livre para a prática de atividades físicas. Além disso, a montagem de cada kit estará condicionada à chegada dos clientes;

- A proibição da venda de garrafas de vidro continua em vigor;

- Todos os permissionários deverão comparecer à secretaria para atualizar o cadastro de suas licenças no prazo máximo de 15 dias, contados a partir do dia 23 de janeiro.

A Semop informou que uma reunião de reavaliação será feita após o Carnaval para discutir os impactos das novas regras. Até lá, a Operação Verão contará com cinco equipes extras, atuando nos finais de semana para reforçar a cobertura da orla.

De acordo com o diretor da Semop, Alysson Carvalho, o Porto da Barra tem, em média, 35 permissionários. Ao todo, são permitidos, então, 350 sombreiros e 1.050 cadeiras. “É um número muito grande de equipamentos em uma extensão de faixa de areia de 250 metros. A gente precisa encontrar verdadeiramente o equilíbrio, do trabalhador informal executar as atividades, gerando renda, mas sem trazer nenhum tipo de obstáculo”, avalia Alysson Carvalho.

Após a implementação das novas medidas, os barraqueiros realizaram um protesto no Porto, na última quarta-feira (28). O efeito, no entanto, foi reverso: os banhistas comemoraram a praia sem a presença dos kits. A bióloga Shirley Muniz, 46 anos, é natural de Salvador e vai à praia do Porto desde a infância. Para ela, o espaço gerado pela nova reformulação da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) traz conforto ao banhista.

“Estou adorando essa história da praia vazia. Os banhistas têm que ter o direito de escolher se querem cadeira ou não, se querem trazer sua própria cadeira. Fora que os preços já estavam muito abusivos. Eles se aproveitam da questão dos turistas e estavam extorquindo os turistas”, aponta a bióloga. Nesta última quarta (29), a reportagem fez um levantamento com quatro barraqueiros da região: a cadeira saía por R$ 10 e o sombreiro por R$ 20.