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Millena Marques
Rodrigo Daniel Silva
Publicado em 28 de maio de 2024 às 15:43
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), impediu, nesta terça-feira (28), que servidores estaduais acompanhassem a votação do reajuste da categoria na galeria da Casa. Os funcionários públicos assistem a apreciação do texto pela televisão no Saguão Nestor Duarte.
No plenário, Adolfo Menezes argumentou que a medida foi tomada para evitar “problemas”, já que há centenas de servidores no local. "Tenho o maior respeito pelo servidor público. Mas eu, como presidente, não vou ficar desmoralizado”, frisou.
Líder da oposição na Alba, Alan Sanches (União Brasil) reclamou da proibição da entrada de servidores na galeria. “ Os servidores, como são politizados, querem participar deste momento e cobrar pacificamente daqueles que escolheram para representar. Mas são justamente os 43 deputados da base do governo que eles (os servidores) escolheram para a representar que, neste momento, não querem permitir que eles fiquem aqui, dentro do plenário, pacificamente para acompanhar (a votação)”, ressaltou.
O reajuste de apenas 4% tem gerado a revolta dos servidores estaduais, que tiveram perda salarial de 35% nos últimos oito anos, segundo o estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese).
Coordenador-geral da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Rui Oliveira afirmou que os professores não aceitam a proposta do governo de reajuste e se queixou do veto à galeria.
“Desde a época do governo Rui Costa que tem esse tipo de intransigência e intolerância. Não aceitamos o reajuste parcelado. Nós queremos dignidade, queremos respeito aos educadores. Por isso, estamos aqui protestando para dizer que não queremos esse reajuste”, declarou.
Uma emenda para alterar a proposta de reajuste para 10% foi apresentada pelo líder da oposição na Alba. “A gente considera que 4% é uma proposta muito mesquinha do governo, porque sequer oferece ganho real aos servidores”, afirmou Alan Sanches.