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‘Ainda vai piorar’, diz especialista sobre casos de dengue na Bahia

Casos da doença devem crescer pelos próximos quatro meses

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 05:00

Cidades baianas vivem epidemia de dengue
Cidades baianas vivem epidemia de dengue Crédito: Marina Silva/Arquivo CORREIO

Os casos de dengue na Bahia devem aumentar durante os próximos quatro meses e só arrefecer no início do inverno, que começa no dia 20 de junho. Isso porque a diminuição das temperaturas colabora para a queda na proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus. Quem explica é o virologista Gúbio Soares, cientista que primeiro detectou o zika no Brasil.

“Ainda não estamos no pior momento e a tendência é que o número de casos no país aumente como um todo. A população precisa sentir a seriedade do problema, que só está no início nos municípios do interior da Bahia”, ressalta. “A tendência é que o pico da doença vá até o início do inverno, quando as temperaturas diminuem e dificultam a transmissão do mosquito”, completa o especialista.

Entre 1º de janeiro a 10 de fevereiro de 2024, a Bahia registrou 7.355 casos de dengue, um incremento de 4,8% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Atualmente, 23 municípios se encontram em epidemia.

Enquanto isso, os casos de chikungunya e zika estão em queda na Bahia. A redução nos dois primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, é de 74% e 24% respectivamente. O virologista Gúbio Soares explica que o efeito da transmissão da dengue é como uma bola de neve, quanto mais infectados, maior a probabilidade do mosquito picar uma pessoa com a doença e se contaminar.

“Quanto mais casos de dengue, mais mosquitos estarão infectados com a doença. Se são poucos casos de chikungunya e zika, é menos provável que o mosquito encontre essas pessoas, se contamine e espalhe a doença”, detalha.