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AFRO-ART: evento voltado para a valorização de artistas negros e indígenas é realizado no Pelourinho

Feira acontece no espaço Cardume Artes Visuais, localizado na Rua do Bispo e vai até o dia 26 de janeiro

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 02:15

'AFRO-ART' busca gerar renda para artistas negros e indígenas
'AFRO-ART' busca gerar renda para artistas negros e indígenas Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Com o objetivo de dar visibilidade, além de contribuir para a profissionalização e geração de renda de artistas negros e indígenas de todo o Brasil, a ‘AFRO-ART – Feira de Arte Negra e Indígena’ está sendo realizada no espaço Cardume Artes Visuais, no Pelourinho. Ao todo, 93 obras de 40 artistas estão sendo vendidas na exposição, que segue aberta até o dia 26 de janeiro. A entrada é gratuita.

No local, o público tem acesso a pinturas, fotografias, esculturas, entre outras peças que custam entre R$ 3 mil e R$ 70 mil. O evento também conta com rodas de conversa, que serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro. A feira é realizada pela empresa AfrontArt – Quilombo Digital de Arte e conta com a curadoria das empresárias Luana Kayodè e Raína Biriba.

“Nós promovemos a venda dessas obras para que esses artistas alcancem um público que eles não conseguem alcançar pelo Instagram. É um projeto onde queremos falar dos nossos, além de trazer renda para esses artistas através da arte autoral, para que eles possam se dedicar de forma integral para esse trabalho. Queremos criar um espaço onde eles possam vender as suas obras pelo valor real de cada uma delas”, explicou Luana.

Luana Kayodè e Raína Biriba são as curadoras da mostra
Luana Kayodè e Raína Biriba são as curadoras da mostra Crédito: Paula Fróes/CORREIO

A expectativa é que 3 mil pessoas passem pelo evento, que começou na última segunda-feira (13). Ao todo, a ‘AFRO-ART’ deve gerar cerca de R$ 500 mil em vendas de obras de arte. A mostra conta com expositores de diversas cidades do Brasil, como o pernambucano José de Holanda, a manauara Rafaela Kennedy e o baiano Matheus Leite.

“Participar da feira é importante porque é uma oportunidade para me inserir nesse circuito das artes. Embora eu tenha mais de 16 anos de fotografia, com prêmios nacionais e internacionais, ainda não me considero parte desse circuito de vendas. É um convite muito oportuno também como vitrine, porque o meu trabalho circula e pessoas interessadas passam a me conhecer e comprar minhas fotos”, exaltou Matheus.

A empresária conta que ideia do fomento a arte negra e indígena surgiu durante a criação do Afrontart, em 2019. No processo, ela passou a estudar o mercado das artes visuais e percebeu uma lacuna quanto a presença de artistas não-brancos nas galerias.

“Eu descobri que apenas 4% dos artistas representados em galerias são negros e que 1% deles são indígenas. Com isso passei a investir com o objetivo de expandir a carreiras desses artistas, além de trazer uma consultoria para que eles possam competir em pé de igualdade e criar um espaço seguro para atender as demandas de cada um”, disse.

O objetivo, segundo Luana, é tornar a exibição parte do calendário do circuito artístico de Salvador, buscando aproveitar o verão e o alto fluxo de pessoas na capital para trazer visibilidade e impulsionar a carreira dos artistas que estão expondo seus trabalhos.

“O verão é uma oportunidade para trazer um olhar nacional e internacional para outras linguagens e projetos que existem na nossa cidade para poder colocá-la de fato no calendário das artes visuais”, completou.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo

AFRO-ART conta com exibição de fotografias por Paula Fróes/CORREIO