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Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2024 às 15:17
Um acordo entre a Arquidiocese de Salvador e a Devoção do Senhor do Bonfim deverá ser fechado em nova audiência de conciliação, que será realizada no dia 13 de maio. De acordo com Eduardo Carreira, irmão mesário e advogado representante da devoção no processo, ainda faltam alguns detalhes para que as partes encerrem o processo. >
“São muitos pontos que ainda precisam ser ajustados para chegarmos a um denominador comum. Não há perdedores ou vencedores nessa conciliação e sim o consenso entre todos, que deve prevalecer. Esperamos finalmente encerrar com essa disputa que não é boa para ninguém”, afirmou. >
A conciliação deve encerrar uma disputa que se arrasta desde janeiro de 2023 após divergências entre membros da Irmandade do Senhor do Bonfim e o padre da Basílica, Edson Menezes. No dia 02 de agosto pelo arcebispo de Salvador, cardeal Dom Sergio da Rocha decretou uma intervenção na Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim. >
No ato, foi decretado o afastamento imediato de Jorge Nunes Contreiras, que atuava como juiz da congregação desde janeiro deste ano. A decisão foi tomada três meses após o conflito entre o padre Edson e o então juiz se tornar público. >
No final de setembro de 2023, membros da devoção prestaram uma ação judicial contra a Arquidiocese de Salvador. Eles alegam que a Arquidiocese só tem legitimidade para interferir na devoção em questões religiosas e que os atos administrativos são de responsabilidade da Irmandade. A ação prosseguiu até o dia 15 de abril, quando foi realizada a primeira audiência de conciliação, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia. >
“O diálogo já começou com a Arquidiocese, vamos conversar com o advogado dele e estamos caminhando a passos largos para fechar esse processo. Acreditamos que o cardeal Dom Sérgio também deseja esse acordo, para acabar com essa cisão. Nós só queremos garantir o cumprimento daquilo que está escrito no regimento interno. Nós louvamos o Senhor do Bonfim e estamos lá nesse trabalho que é feito em prol da comunidade”, concluiu Eduardo. >