Acusados de matar mulher trans na Bahia são condenados a 23 anos de prisão

Réus ainda terão que pagar mais de R$ 20 mil de valor indenizatório

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Publicado em 31 de julho de 2024 às 11:50

Lorena Fox Crédito: Ilustração/Eduardo Bastos

Os acusados de matar Lorena Fox, na cidade de Luis Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, em 2023, foram condenados a 23 anos, um mês e 15 dias de reclusão pelo crime. Carlos Caíque Almeida Teles e Igor Alípio de Oliveira ainda terão que pagar 10 dias-multa de valor indenizatório, o que, segundo a sentença, corresponde a um valor mínimo em R$ 20 mil.

Ainda de acordo com a sentença, a brutalidade dos ataques que conduziram ao homicídio foi levada em conta. "Utilizando-se os réus dos instrumentos que havia no carro, como chave de fenda e macaco para troca de pneus, para atingir o corpo de Lorena Fox diversas vezes, impingindo-lhe intenso sofrimento", diz.

O documento relata também que "a crueldade evidenciada nos atos dos réus extrapola aquela prevista no tipo penal de homicídio, devendo as circunstâncias do crime serem consideradas desfavoravelmente no tocante a este crime".

Lorena, na época com 27 anos, foi encontrada morta sete dias depois de desaparecer. Ela só foi reconhecida pelo salto alto largado junto ao corpo dela, em uma área de capinagem de Luís Eduardo Magalhães. Lorena vivia em uma casa de prostituição dividida entre oito mulheres trans e travestis na cidade. A sua morte foi motivada por um desentendimento por causa dos valores cobrados em um programa.