Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Maysa Polcri
Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 12:00
Há exatos três anos, a primeira pessoa foi vacinada contra a covid-19 na Bahia. Desde então, mais de 43 milhões de doses foram distribuídas entre a população baiana. O número de vacinados poderia ser maior, se não fossem as mentiras disseminadas por redes sociais e governantes.
Mais de 6 milhões de pessoas não completaram o esquema vacinal na Bahia, que é de cinco doses atualmente. O segundo reforço da dose bivalente é recomendado para idosos e imunocomprometidos.
“A cobertura vacinal preocupa e precisamos, cada vez mais, combater as fake news e disseminar a importância da vacinação para reduzir o número de casos e mortes”, diz a médica Áurea Paste, coordenadora da residência de Infectologia do Instituto Couto Maia. Veja quais são as principais mentiras sobre a covid-19 e porque elas não devem ser compartilhadas:
Todos os imunizantes disponibilizados hoje através do Sistema Único de Saúde (SUS) foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), depois de passarem por todas as fases de testes. “A segurança e eficácia das vacinas já foram comprovadas”, ressalta a médica infectologista Clarissa Cerqueira.
Apesar de ser verdade que as vacinas já causaram sequelas em alguns casos, especialistas explicam o porquê isso não deve ser motivo para evitar a vacinação. “É um evento extremamente raro e o benefício da vacina em reduzir mortalidade e adoecimento é muito superior ao risco”, completa a médica.
Nenhuma vacina tem a capacidade de alterar o DNA humano, como explica a infectologista Clarissa Cerqueira. “As vacinas induzem a produção de proteínas que ajudam a combater a infeção”, diz.
Essa mentira compara a vacina aos antibióticos. Porém, a vacina age na prevenção da doença induzindo o organismo a produzir anticorpos, enquanto os antibióticos são usados no tratamento depois que o paciente foi infectado. A imunização não torna o corpo menos resistente ao vírus.
A vacinação foi e continua sendo imprescindível para salvar vidas e conter o avanço da Covid-19. Após o início da campanha de imunização no Brasil, o número de mortes causadas pelo SARS-CoV-2 despencou. Em abril de 2021, mais de 4 mil mortes chegaram a ser registradas por dia no país devido à doença. Em março de 2022, o maior pico diário foi de 677 óbitos.