Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Acidente em Madre de Deus acontece 6 anos depois da Cavalo Marinho; veja semelhanças e diferenças

Os dois acidentes têm em comum, além das vítimas fatais, o local: a Baía de Todos-os-Santos

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 05:30

Barco que afundou em Madre de Deus transportava mais do que o dobro da capacidade
Barco que afundou em Madre de Deus transportava mais do que o dobro da capacidade Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O naufrágio que causou sete mortes em Madre de Deus, na noite de domingo (21), traz à tona memórias de uma tragédia recente. Em 24 de agosto de 2017, a embarcação Cavalo Marinho I naufragou 15 minutos após deixar o cais de Mar Grande, em Vera Cruz. Na ocasião, 19 pessoas morreram e 59 ficaram feridas. Os dois acidentes têm em comum, além das vítimas fatais, o local: a Baía de Todos-os-Santos.

Assim como aconteceu há seis anos em Vera Cruz e Salvador, os moradores de Madre de Deus sofreram enquanto aguardavam notícias sobre os desaparecidos e acompanhavam a identificação dos mortos. O clima da cidade de pouco mais de 21 mil habitantes é de luto. Se a comoção é parecida, outras características apontam para as diferenças entre os casos.

Tragédia que envolveu a embarcação Cavalo Marinho I completa seis anos em agosto
Tragédia que envolveu a embarcação Cavalo Marinho I completa seis anos em agosto Crédito: Betto Jr/Arquivo CORREIO

Autorização

A tragédia de 2017 envolveu uma embarcação da empresa CL Transportes, que tinha autorização para realizar o transporte de 160 pessoas. Enquanto isso, o acidente de Madre de Deus ocorreu devido ao naufrágio do saveiro Gostosão FF, que não poderia realizar o transporte pago de passageiros.

Condições climáticas

Quando a embarcação Cavalo Marinho I deixou Mar Grande com destino a Salvador, as condições climáticas não eram favoráveis à navegação. Chovia e o mar estava revolto. O cenário era diferente do encontrado pelo piloto do saveiro em Madre de Deus.

De acordo com o capitão Wellington Lemos Gagno, capitão dos portos da Bahia, as condições eram boas para o trajeto. “Temos um esquema de bandeiras na Marinha e a bandeira estava verde, ou seja, livre para navegação”, ressaltou. Apesar disso, o trajeto foi realizado por volta das 22 horas, três horas depois do horário permitido para a navegação.

Capacidade de passageiros

Apesar de a Capitania dos Portos não precisar a quantidade de pessoas que estavam na embarcação que naufragou em Madre de Deus, as autoridades reconhecem que o número de passageiros era superior à capacidade do saveiro. Já a Cavalo Marinho transportava 120 pessoas - 40 a menos do que o permitido.

Culpados

Duas pessoas foram condenadas por negligência, em 2020, por serem consideradas diretamente responsáveis pela tragédia com a embarcação Cavalo Marinho I. Lívio Garcia Galvão, era proprietário da empresa que operava a embarcação, e Henrique José Caribé Ribeiro, engenheiro técnico da lancha.

No acidente de Madre de Deus, o piloto também é dono da embarcação. De acordo com advogado especializado em direito marítimo e portuário Zilan Costa e Silva, o condutor pode ser responsabilizado pelo naufrágio

“O proprietário da embarcação pode ser responsabilizado, da mesma forma que acontece em acidentes de trânsito. A única diferença é que o inquérito é feito pela Marinha e o julgamento administrativo é feito pelo Tribunal Marítimo”, explica.