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57% das denúncias contra obstetras e ginecologistas têm relação com supostos problemas no parto

Em 2024, houve 37 sindicâncias relacionadas a essa especialidade

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Foto do(a) author(a) Vitor Rocha
  • Maysa Polcri

  • Vitor Rocha

Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 20:07

Bebê doente
Cremeb instaurou 37 sindicâncias neste ano  Crédito: Shutterstock

Das 37 denúncias contra obstetras e ginecologistas na Bahia, 21 estão relacionadas a supostos problemas durante o parto em 2024. Os dados foram divulgados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). O número representa 57% de todos os processos instaurados. Na sexta-feira (29), Kevelli Barbosa, de 22 anos, morreu junto com sua filha Laura Valentina na Maternidade Albert Sabin, após uma cesariana. 

O procedimento da jovem, por orientação médica, estava programado para ser uma cesariana, mas a família foi avisada no local que o parto seria normal. Segundo familiares, a gravidez era de risco devido a pressão alta da mãe e o tamanho da bebê.

Kevelli foi informada que o parto normal seria induzido com medicação para dilatação vaginal a cada quatro horas. Foram sete doses em 24 horas. A recomendação médica é que sejam entre quatro e seis doses. Durante a madrugada, ela morreu após uma parada cardíaca, enquanto a filha morreu enforcada pelo cordão umbilical.

Os atestados de óbito, que vão determinar as causas das mortes, ainda não ficaram prontos. No dia 31 de outubro, um outro bebê morreu na maternidade após ser lesionado no pescoço. Segundo Liliane Ribeiro, mãe do bebê, o ferimento teria sido causado pela unha da médica. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) investiga o caso.